Verbas para segurança pública de estados e municípios já estão disponíveis
Novo
presidente do BNDES disse que recursos já estão disponíveis, mas
dependem da capacidade de endividamento de cada um que apresentar
propostas.
Dyogo Oliveira discursa na cerimônia de posse - (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasi) |
O novo presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, disse hoje (9), no Rio de
Janeiro, que os R$ 42 bilhões reservados para financiar projetos de
segurança pública de estados e municípios já estão disponíveis, mas
dependem da capacidade de endividamento de cada um que apresentar
propostas.
Ex-ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira tomou posse nesta
segunda-feira. O ex-presidente do banco, Paulo Rabello de Castro,
entregou o cargo para disputar as eleições em outubro. O presidente
Michel Temer participou da solenidade.
"O recurso já está disponível. A nossa previsão era colocar R$ 5
bilhões até o fim do ano, e nos outros anos subsequentes aumentar um
pouco", disse ele. "Isso [o valor dos empréstimos] depende da capacidade
de financiamento de cada ente. Não tem uma divisão prévia [de quanto
será emprestado a cada estado e município]".
Banco pode ser mais forte
Dyogo Oliveira defendeu que o banco seja mais forte em ações de
infraestrutura social, em projetos de áreas como segurança, educação e
saneamento. Além disso, ele disse acreditar que o BNDES precisa se
aproximar dos clientes e aumentar a agilidade de seus processos.
"Na era dos juros baixos, o papel do BNDES é diferente. O diferencial
de taxa de juros não é tão relevante. Uma coisa é ter uma Selic de 20%,
de 30%, e o BNDES emprestar a 8% ou 9%. Outra coisa é ter uma Selic de
6% e o BNDES emprestar a 5%. Esse diferencial não é tão expressivo e o
que é mais importante é a agilidade de resolver, decidir e implementar
as coisas. Uma empresa vai preferir tomar um empréstimo um por cento
mais caro e que sai mais rápido", disse.
Nesse sentido, ele acredita que o caminho é uma digitalização cada
vez maior dos serviços e processos do banco e uma ação propositiva
visando buscar empresas que tenham potencial para ser incentivadas.
"De início, estou mantendo o planejamento estratégico que foi feito e
fazendo uma revisão. Desse processo de revisão é que sairão novas
metas, novas diretrizes e um novo direcionamento do banco", afirmou o
novo presidente, que também manteve os diretores da gestão anterior até
que seja feita uma avaliação detalhada da estrutura do banco.
Agência Brasil
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