Padrasto de menino achado morto em freezer é preso em flagrante por tráfico de drogas

Na madrugada deste sábado, Shabani estava com outros dois homens, que também foram presos. A polícia apreendeu drogas na abordagem policial. O tanzaniano foi levado para a audiência de custódia no Fórum da Barra Funda.
Ezra Liam Joshua Finck foi morto a golpes de tesoura e teve o corpo guardado em um freezer na casa onde morava com a mãe, a sul-africana Lee Ann Finck, e o padrasto Shabani, no Centro da capital paulista, além de duas irmãs, filhas do casal.
O casal fugiu para a África com as filhas. Câmeras do Aeroporto de Cumbica, em Guarulhos, registraram o casal e as duas filhas antes de embarcarem. A Interpol (polícia internacional) foi acionada e prendeu a mãe e o padrasto de Ezra na Tanzânia. Eles voltaram ao Brasil em fevereiro de 2016 e foram levados ao presídio de Tremembé, no Vale do Paraíba.
A investigação apontou que Lee Ann matou o filho porque Ezra não queria comer, e Shabani ajudou a ocultar o corpo no freezer. No início deste ano, a juíza juíza Débora Faitarone, da 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Paulo, decidiu que a mãe de Ezra seja julgada por homicídio e ocultação de cadáver. Ela continua presa.
Já Mzee Shabani vai responder apenas por ocultação de cadáver. A juíza entendeu que não há provas para julgar o padrasto pela morte do menino.
Em sua decisão, a juíza concedeu o direito do padrasto em responder ao julgamento em liberdade, mas ele terá de comparecer a todos os atos do processo, não poderá sair de São Paulo sem autorização judicial, entrega eventual do passaporte em até 24 horas. A Polícia Federal foi informada sobre a proibição de Mzee Shabani deixar o país.
Na decisão, a juíza Débora Faitarone disse que o menino era submetido a “violentos quadros de espancamento” sob a alegação de que não cumprir com as instruções domésticas. Durante o processo, a juíza ouviu nove testemunhas, cujos depoimentos foram suficientes para corroborar a pronúncia da mãe para o julgamento no Tribunal do Júri. O laudo da morte indicou que o menino morreu em decorrência de uma hemorragia provocada por agente perfuro-contuso.
G1
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