segunda-feira, 5 de março de 2018

Oposição não foi honesta com Cartaxo

Luciano Cartaxo cumpriu com Oposição, mas Oposição não cumpriu com ele


Desde 2016, Luciano fez o dever de casa com aliados; movimento de reciprocidade ficou no caminho
A partir de agora muita gente vai aparecer para apontar erros e culpas do prefeito Luciano Cartaxo, que abdicou da candidatura ao Governo, postulação ensaiada e pavimentada com sucesso até a decisão de ficar na Prefeitura.
Na Oposição, reclamam que faltaram gestos concretos do prefeito e elencam ausência de conversas com aliados e lideranças do agrupamento.
Balela. Luciano fez o que lhe cabia interna e publicamente.
E seus sinais são datados de 2016, quando poderia ter bancado sozinho, com um vice para chamar de seu, sua reeleição, mas preferiu ceder e pactuar um acordo de longo prazo, uma aliança que rompesse a tradição circunstancial tão em voga por terras tabajaras.
Naquela ocasião, Luciano já indicava o que queria. Contemplou na aliança o MDB e o PSDB. Poderia, como disse, ter repetido uma operação conservadora de impor um vice da cozinha.
Fez o contrário e inesperado. Partilhou o poder na perspectiva de futuro. Um aceno maduro de quem queria de fato criar o terreno de um grupo, um ajuntamento sólido.
Sem papel assinado e sem recibo, praticamente deixou implícita a ascensão do MDB à Prefeitura da Capital.
Na gestão, representou todos os partidos no primeiro escalão do secretariado. Do PSDB ao PRB, todas indicações foram atendidas. Vereadores aliados entraram na cota. Durval Ferreira, por exemplo, virou secretário, mesmo com o seu partido, o PP, oficialmente já aquinhoado.
O vice-prefeito Manoel Junior teve sacrifício da renúncia da Câmara compensado com a Secretaria de Saúde, cujo indicado terminou por precocemente declinar do espaço.
Em 2017, andou pelo Estado afora cumprindo o dever político de pré-candidato. Interiorizou a imagem e terminou o ano na casa dos 30% de intenções de voto, um patamar de fazer inveja a qualquer concorrente.
E o que recebeu de reciprocidade? Uma inusitada candidatura do MDB, o partido que mais seria contemplado com sua renúncia, e a hesitação do PSDB. Movimentos que implodiram na prática a unidade defendida até então.
Luciano fez tudo o que estava ao seu alcance. E a Oposição? Considerou tudo o que foi solenemente ensaiado em 2016? A resposta diz em qual conta deve ser computado o desfecho de racha.
Por Heron Cid - MaisPB

Nenhum comentário:

Postar um comentário