Luciano Cartaxo cumpriu com Oposição, mas Oposição não cumpriu com ele
Desde 2016, Luciano fez o dever de casa com aliados; movimento de reciprocidade ficou no caminho |
A
partir de agora muita gente vai aparecer para apontar erros e culpas do
prefeito Luciano Cartaxo, que abdicou da candidatura ao Governo,
postulação ensaiada e pavimentada com sucesso até a decisão de ficar na
Prefeitura.
Na Oposição, reclamam que faltaram gestos concretos do
prefeito e elencam ausência de conversas com aliados e lideranças do
agrupamento.
Balela. Luciano fez o que lhe cabia interna e publicamente.
E
seus sinais são datados de 2016, quando poderia ter bancado sozinho,
com um vice para chamar de seu, sua reeleição, mas preferiu ceder e
pactuar um acordo de longo prazo, uma aliança que rompesse a tradição
circunstancial tão em voga por terras tabajaras.
Naquela ocasião,
Luciano já indicava o que queria. Contemplou na aliança o MDB e o PSDB.
Poderia, como disse, ter repetido uma operação conservadora de impor um
vice da cozinha.
Fez o contrário e inesperado. Partilhou o poder
na perspectiva de futuro. Um aceno maduro de quem queria de fato criar o
terreno de um grupo, um ajuntamento sólido.
Sem papel assinado e sem recibo, praticamente deixou implícita a ascensão do MDB à Prefeitura da Capital.
Na
gestão, representou todos os partidos no primeiro escalão do
secretariado. Do PSDB ao PRB, todas indicações foram atendidas.
Vereadores aliados entraram na cota. Durval Ferreira, por exemplo, virou
secretário, mesmo com o seu partido, o PP, oficialmente já aquinhoado.
O
vice-prefeito Manoel Junior teve sacrifício da renúncia da Câmara
compensado com a Secretaria de Saúde, cujo indicado terminou por
precocemente declinar do espaço.
Em 2017, andou pelo Estado afora
cumprindo o dever político de pré-candidato. Interiorizou a imagem e
terminou o ano na casa dos 30% de intenções de voto, um patamar de fazer
inveja a qualquer concorrente.
E o que recebeu de reciprocidade?
Uma inusitada candidatura do MDB, o partido que mais seria contemplado
com sua renúncia, e a hesitação do PSDB. Movimentos que implodiram na
prática a unidade defendida até então.
Luciano fez tudo o que
estava ao seu alcance. E a Oposição? Considerou tudo o que foi
solenemente ensaiado em 2016? A resposta diz em qual conta deve ser
computado o desfecho de racha.
Por Heron Cid - MaisPB
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