Mulher confessa assassinato de menino de oito anos de idade filho de seu companheiro
O menino Gabriel Cruz, que foi encontrado morto no domingo (11) (Foto: Stringer/Twitter account of Guardia Civil /AFP) |
A
dominicana Ana Julia Quezada confessou nesta terça-feira (13) em
depoimento à polícia espanhola que matou o menino Gabriel Cruz, de 8
anos, que era filho de seu companheiro e em quem primeiro deu um golpe
com o cabo de um machado durante uma discussão e depois o asfixiou,
informaram à Agência Efe fontes da investigação.
Quezada, que foi
detida no domingo, declarou aos policiais que Gabriel a agrediu e ela
respondeu com uma pancada com o machado no mesmo dia em que foi dado o
desaparecimento do garoto, no dia 27 de fevereiro em uma cidade da
província de Almería, no sudeste da Espanha.
A autópsia, segundo
fontes da investigação, mostrou sinais de que o menino morreu por
estrangulamento. O juiz do caso proibiu a cremação do corpo caso sejam
necessários mais exames.
O caso ganhou grande repercussão
nacional, e dezenas de pessoas (às vezes mais de 200), entre
profissionais e voluntários, participaram das buscas por Gabriel em um
raio de até 12 quilômetros desde o lugar do desaparecimento.
O
corpo do menino foi encontrado no domingo por agentes da Guarda Civil no
porta-malas de um carro dirigido por Quezada. Ela era companheira do
pai do menino, e embora colaborasse com o restante da família para
determinar a localização de Gabriel, os investigadores passaram a
suspeitar de sua atitude.
O garoto desapareceu após sair da casa
de sua avó para ir à de outros familiares, a poucos metros de distância,
na pequena cidade de Níjar (Almería).
A mulher era alvo da
investigação policial desde o dia 3 de março, quando avisou aos agentes
que tinha descoberto uma camiseta branca de Gabriel em uma área que já
tinha sido periciada.
Quezada chegou em 1995 à Espanha, procedente
da República Dominicana, junto com a filha mais velha, nascida no país
caribenho. Posteriormente, ela se casou com um espanhol e teve outra
filha. A mais velha faleceu em 1996 ao cair de uma janela do apartamento
onde vivia, e o caso foi fechado considerando que houve morte
acidental.
A polícia espanhola agora avalia com os investigadores
daquele caso se ele deve ser reaberto, segundo fontes que participaram
do processo de buscas por Gabriel.
G1
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