Ministra Cármen Lúcia diz que não vai se dobrar à pressão sobre prisão de Lula
Presidente do STF fez a declaração em evento nesta terça-feira (13), em São Paulo
© Ueslei Marcelino / Reuters
A presidente do STF (Supremo
Tribunal Federal), ministra Carmen Lúcia, disse em evento promovido
pela Folha de S.Paulo nesta terça (13) que não vai aceitar pressão para
colocar em votação na corte a questão da prisão em segunda instância,
que interessa à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ao ser questionada sobre como lidava com o lobby para revisar a
previsão de prisão a partir de decisão da segunda instância, Carmen
Lúcia respondeu: "Eu não lido. Eu não me submeto a pressão".
Ela
fez a declaração no evento "Mulheres no Poder - A questão de gênero na
Justiça brasileira", promovido pela Folha de S.Paulo no Teatro Alfa, na
zona sul de São Paulo.
Também participaram do debate a
ministra-chefe da AGU (Advocacia-Geral da União), Grace Mendonça, e a
ministra do Supremo Tribunal Militar Maria Elizabeth Rocha. O evento foi
mediado por Maria Cristina Frias, colunista da Folha de S.Paulo.
Um
dos integrantes da defesa do ex-presidente Lula, o ex-ministro do
Supremo Sepúlveda Pertence, visitou ministros do Supremo para que a
corte colocasse em votação a medida que altera a decisão de prender a
partir de decisão de segunda instância.
Lula pode ser preso a
partir da decisão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), o
que pode ocorrer a partir do final deste mês ou em abril.
Ele foi condenado a 12 anos e um mês de prisão pelo TRF-4. A defesa
do ex-presidente pediu a revisão da decisão, alegando que há pontos
obscuros e ilegais na decisão.
Notícias ao Minuto com informações da Folhapress
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