Mãe de criança que nasceu com dois sexos no Ceará luta para trocar nome de menino
Criança era chamada por nome feminino, tinha cabelos longos e usava vestimentas de menina, até que exame apontou tratar-se geneticamente de um menino
© Pixabay
Um menino de 3 anos que
nasceu com dois sexos foi registrado como menina antes da mãe descobrir a
ambiguidade genital. A mãe, uma dona de casa de 45 anos, moradora do
Acre, luta para alterar o nome do filho na certidão de nascimento.
Como explica o G1, a criança era chamada pelo nome feminino,
tinha cabelos longos e vestimentas de menina até os dois anos de idades.
Em agosto de 2017, a mãe teve acesso ao resultado do exame cariótipo –
que analisa a quantidade e a estrutura dos cromossomos em uma célula –,
que apontou que a criança é geneticamente um menino.
Agora,
ela luta na justiça para alterar o nome do menino na certidão de
nascimento. Segundo ela, a criança passou por consultas sociais e
psicológicas, além de ter ido a uma geneticista, que fez um relatório
explicando a situação ao juiz.
“A médica analisou o exame que saiu
em agosto do ano passado e constatou que ele pertence ao sexo
masculino. Emitiu um laudo sugerindo que ele pudesse trocar de nome.
Diante disso, ela pediu novos exames para ter uma visão mais ampla dos
órgãos internos, mas, devido ao atendimento público, o menino não
consegue fazer, porque precisa estar com a bexiga cheia e a criança não
consegue segurar”, explica o presidente da Comissão de Diversidade
Sexual da Ordem dos Advogados do Brasil no Acre (OAB-AC), Charles
Brasil.
O advogado pretende encontrar o juiz nesta semana para despachar o processo e explicar a situação.
Enquanto aguarda a liminar, a dona de casa precisou matricular a
criança na creche com nome de menina. “Estou triste porque matriculei
ele com nome de menina, mas não tinha outro jeito. Vai ter que ser assim
até eu conseguir mudar o nome dele. Inclusive, vou acionar o MP para
pedir uma mediadora para ele, porque não quero que pessoas diferentes
deem banho nele. Quero uma pessoa que acompanhe ele de perto e para
conversar com a direção da escola para que ele seja tratado como
menino”, explicou.
Notícias ao Minuto
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