Juiz federal Sergio Moro condena ex-gerentes da Petrobras e empresários por corrupção
Márcio de Almeida Ferreira e Edison Krummenauer receberam, respectivamente, 16 milhões de reais e 14 milhões de reais em propina de empreiteiras
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Sergio Moro também condenou, pelos mesmos crimes, o ex-executivo da Andrade Gutierrez Luís Mário da Costa Mattoni a 8 anos de prisão - (Foto: Reprodução) |
O juiz federal Sergio Moro condenou nesta
segunda-feira dois ex-gerentes da Petrobras e empresários acusados de
desvios de 150 milhões de reais em contratos da estatal. Alvos da 4ª
fase da Operação Lava Jato, Márcio de Almeida Ferreira e Edison
Krummenauer teriam recebido, respectivamente, 16 milhões de reais e 14
milhões de reais em propina de empreiteiras, intermediada por duas
empresas.
Ferreira foi condenado a 10 anos e três meses de prisão. Moro
ressaltou em sua decisão que ele tentou trazer de volta ao Brasil em
2016, legalmente, por meio da lei de repatriação de ativos, 47,9 milhões
de reais que mantinha em uma conta secreta no exterior.
Já Krummenauer, que firmou acordo de delação premiada com o
Ministério Público Federal (MPF), foi sentenciado a 9 anos e quatro
meses de prisão. Ele cumprirá seis meses em regime fechado na carceragem
da Polícia Federal em Curitiba e seis meses em prisão domiciliar com
tornozeleira eletrônica, até progredir ao regime semi-aberto com
recolhimento noturno por um ano.
Também denunciado pelo MPF, o ex-gerente da Petrobras Maurício de Oliveira Guedes foi absolvido do crime de corrupção passiva.
Segundo a denúncia do MPF, os empresários Paulo Roberto Gomes
Fernandes e Marivaldo do Rozário Escalfoni, donos das empresas Akyzo
Assessoria e Negócios e Lideroll Indústria e Comércio de Suportes,
atuavam como intermediários de acertos de propina entre os gerentes
corruptos da Petrobras e as empreiteiras que os corromperam. A Akyzo e a
Lideroll firmavam contratos fictícios de consultoria com Andrade
Gutierrez, Carioca Engenharia e Queiroz Galvão e repassavam parte dos
valores a Márcio Ferreira e Edison Krummenauer.
Cinco contratos renderam propina, conforme a sentença assinada por
Sergio Moro, referentes às obras dos gasodutos Catu-Pilar e
Urucu-Manaus, dos terminais de gaseificação da Bahia e da Baía de
Guanabara e do Terminal Aquaviário de Barra do Riacho.
Pelos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, Paulo
Fernandes e Escalfoni foi condenados cada um a 14 anos e três meses de
prisão.
Sergio Moro também condenou, pelos mesmos crimes, o ex-executivo da
Andrade Gutierrez Luís Mário da Costa Mattoni a 8 anos de prisão.
Mattoni também fechou acordo de delação e cumprirá um ano e meio de
prisão em regime semi-aberto com recolhimento domiciliar noturno e
quatro ano de regime aberto, também com obrigação de se recolher em sua
casa durante a noite.
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