No Paris Saint-Germain, Neymar apresenta sucesso em campo... e no marketing
No entanto, o craque brasileiro não vive um bom momento com a torcida do time parisiense
O mundo de Neymar está quase como ele sonhou ao sair do Barcelona e se
transferir para o Paris Saint-Germain (FRA). Dono da equipe, vive grande
fase dentro de campo. Sua média de gols é superior à que tinha no
Santos e no Barcelona - em que pese os adversários mais fracos no
Campeonato Francês.
A equipe lidera com folga a competição nacional e é uma das favoritas na Liga dos Campeões da Europa.
Apenas em salário, ele recebe cerca de R$ 10,5 milhões por mês. E,
diferentemente do que acontecia nas outras equipes em que atuou, não tem
contrato de cessão de direito de imagem para o PSG. Tudo o que ganha em
marketing e publicidade é seu.
Só não é perfeito pelas constantes polêmicas, ora com parte da torcida
parisiense, ora com colegas de time. Na última quarta (17), ele foi
vaiado por não deixar Cavani cobrar um pênalti. Isso em uma partida em
que ele já havia feito três gols (anotaria mais um na cobrança) e dado
passe para outros dois.
Sua evolução acontece na parte esportiva e financeira.
Antes de deixar o Santos, em 2013, Neymar tinha 12 patrocinadores fixos
e faturava R$ 40 milhões por ano (seriam R$ 53,9 milhões hoje), já
somado o salário pago pelo clube, que utilizava os patrocínios para
segurá-lo.
A ida para o Barcelona fez com que os ganhos comerciais do brasileiro
estourassem. Em 2016, levou US$ 22,5 milhões (R$ 72 milhões em valores
atuais) em patrocínios. Quando deixou o clube, em agosto do ano passado,
17 empresas o apoiavam.
Desde então, Neymar já fechou parcerias com Café Pilão, Mcdonalds e Digible, totalizando 20 patrocinadores.
Para a empresa de fast food, será o embaixador no Brasil da Copa de
2018. No torneio, ele deverá ser o capitão da equipe de Tite.
A expectativa de pessoas próximas ao jogador é que ele supere a marca
dos US$ 30 milhões (R$ 96,2 milhões) em patrocínios ainda em 2018.
REDES SOCIAIS
Até mesmo nas mensagens de apoio nas redes sociais, há lembranças
publicitárias. Ao pedir para o filho não dar atenção às críticas
recentes, o pai de Neymar postou mensagem no Instagram pedindo para ele
colocar "o seu Beats [marca de fones que o patrocina] no ouvido" e ser
feliz.
Somadas suas contas no Twitter, Facebook e Instagram, ele tem mais de
180 milhões de seguidores. O dado é um dos principais argumentos
apresentados a empresas interessadas em patrociná-lo.
Entre os jogadores de futebol, ele perde apenas para Cristiano Ronaldo
no Instagram e no Twitter. No Facebook, fica atrás do português e de
Lionel Messi. Dois rivais que ele deseja superar principalmente dentro
de campo.
Neymar foi para o PSG, também, para ser protagonista e sair da sombra de Messi.
Sua média de gols por jogo passou de 0,6 nos tempos de Espanha (era a
mesma no Santos) para 1,04 no PSG. Contra adversários mais frágeis e com
liberdade em campo, não precisa mais ficar restrito ao lado esquerdo,
seu protagonismo cresceu. É a mesma posição que quer ocupar na seleção.
Em uma temporada em que Cristiano Ronaldo parece abaixo em relação a
outras, e Messi terá possivelmente sua última oportunidade de ganhar uma
Copa do Mundo, Neymar tem a chance de realizar o sonho de ser o melhor
do planeta.
Isso vai depender, essencialmente, do seu desempenho e dos resultados
do PSG na Liga dos Campeões e do Brasil no Mundial da Rússia.
Uma coisa puxa a outra. A ambição em campo e os gols trazem
patrocinadores e estes, dinheiro. Quando enfim conquistar toda a torcida
do PSG, o mundo do brasileiro Neymar estará perfeito.
Notícias ao Minuto com informações
da Folhapress
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