Cantor americano de 56 anos morre em São Paulo durante gravação de segundo disco solo
O cantor americano Warrel Dane, vocalista da banda de metal Sanctuary e
que fez parte do Nevermore, morreu no início da madrugada desta
quarta-feira (13), em São Paulo, aos 56 anos. Ele passava uma temporada
na cidade para gravar o segundo disco de sua carreira solo.
O baixista da banda do artista, o brasileiro Fábio Carito, disse ao G1
por telefone que Dane estava no flat em que se hospedava, na Barra
Funda, quando sofreu um ataque cardíaco. De acordo com o músico, o
artista estava acompanhado do guitarrista Johnny Moraes.
"O Warrel disse que estava com sono e foi deitar. Um tempo depois, na
hora de se despedir, o Johnny viu que ele já não respirava. Foi
fulminante", afirmou Carito. "Ele estava um pouco debilitado, porque
tinha diabete e era agressiva. Ele aplicava insulina, tomava medicação."
O baixista disse que o corpo de Dane foi levado ao Instituto Médico
Legal (IML) e que o consulado americano em São Paulo foi informado. Um
amigo deve vir dos Estados Unidos para liberar o corpo e acompanhar o
traslado. A cerimônia fúnebre deve acontecer em Seattle, cidade-natal do
artista.
Segundo Carito, apesar de dizer que tinha 48 anos de idade, Dane
estava, na verdade, com 56. Ele não era casado nem tinha filho.
Warrel George Baker nasceu em Seattle em 7 de março de 1961 – o Dane é sobrenome da mãe.
Em 1985, formou o Sanctuary, com a qual lançou dois álbuns, "Refuge denied" (1988) e "Into the mirror black" (1990).
Após o término da banda, em 1992 criou o Nevermore, que lançou sete
trabalhos entre 1995 e 2010. Quando a nova formação também encerrou
atividades, Dane retomou o Sanctuary, mas também focou em sua carreira
solo.
Foi nesse período que sua relação com o Brasil se estreitou. "Teve um
produtor no ABC que entrou em contato com o Warrel e falou: 'Tenho uns
músicos brasileiros que sabem tocar suas músicas, topa vir para cá fazer
uma turnê relembrando os clássicos?'. Ele topou, e essa primeira turnê
foi em 2014", lembra Carito.
"A partir dali, foi ficando mais sério. Ele gostou da banda e achou
que dava para lançar um segundo disco solo – o primeiro era de 2008.
Agora, este próximo, o que estávamos fazendo, vai ser lançado de forma
póstuma, porque o instrumental está todo gravado, faltaram só uns
vocais", fala o baixista.
Após a reunião, o Sanctuary lançou dois álbuns, em 2014 e em 2017.
Recentemente, a banda havia anunciado que uma turnê nos Estados Unidos,
com datas em fevereiro e em março.
G1
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