Receita Federal caça "Tio Patinhas" brasileiros que guardam dinheiro em casa
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A Receita Federal tem percebido um
fenômeno estranho entre os brasileiros. Chamada de “síndrome do Tio
Patinhas”, ela representa o hábito de guardar dinheiro em casa. O jornal
O Globo relata que pelo menos 140 pessoas declararam à Receita que
possuem pelo menos R$ 10 milhões em dinheiro guardados debaixo do
colchão. A frequência desse tipo de atitude chamou a atenção de
auditores.
Segundo eles, muita gente opta pro guardar
valores altos em casa em uma espécie de estratégia. “Se a gente chegar e
descobrir um iate, uma Ferrari ou até um novo apartamento no nome da
pessoa, ela vai ter como justificar que tinha a quantia em dinheiro em
casa para adquirir esse bem e que não fez nada de errado. Ou seja,
declarar dinheiro em casa funciona como uma espécie de “seguro” para uma
possível lavagem de dinheiro no futuro”, explica um técnico da Receita.
Para evitar esse tipo de problema, foi
criada uma nova norma. O objetivo é reduzir as chances de lavagem de
dinheiro, corrupção, propina e sonegação e identificar compradores de
itens caros, como casas, carros e joias que pagam em dinheiro.
A partir de 2018, empresas e pessoas que
receberem mais de R$ 30 mil em espécie, em uma ou mais transações,
deverão fazer declarações mensais. Publicada nesta semana no Diário
Oficial, a norma prevê o preenchimento da chamada “Declaração de
Operações Líquidas com Moeda em Espécie”. Estabelecimentos que recebem
valores superiores ao estipulado em dinheiro deverão comunicar o
Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
Quem não cumprir a regra poderá pagar uma multa que varia entre 1,5% e 3% do valor total recebido ou movimentado.
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