Mãe é presa após idoso estuprar suas filhas gêmeas de 11 anos em troca de cestas básicas
Para a polícia, homem usava doces para atrair crianças - (Foto: Reprodução/TV Diário) |
Uma dona de casa, de 39 anos, foi presa em Santa Isabel por
omissão. O pedido de prisão preventiva foi feito pelo delegado Carlos
Alberto de Oliveira durante as investigações, após um idoso ter sido
flagrado na casa dele, de cuecas, com as duas filhas dela – irmãs gêmeas
de 11 anos.
Uma
das meninas estava nua e a outra de calcinha. Segundo a polícia, a
mulher presa, que é mãe das meninas, recebia cestas básicas e deixava as
crianças na casa do suspeito e, às vezes, não mantinha contato por
dias.
A
prisão foi cumprida na última terça-feira (16). A mulher foi
encaminhada na mesma noite ao 1° DP de Guarulhos e aguarda, na
carceragem pública, uma transferência para a cadeia feminina.
Segundo
o delegado, a prisão preventiva não tem prazo e até hoje nenhum
advogado tinha assumido a defesa da dona de casa. O flagrante do idoso
com as crianças foi no dia 21 de outubro, desde então ele está preso.
De acordo com a polícia,a mãe tinha conhecido o idoso na igreja e ele usava doces para atrair as crianças.
As
crianças foram levadas para um abrigo e a mãe das meninas só procurou a
Polícia Civil para prestar depoimento depois que a matéria foi
veiculada na imprensa. Além disso, havia indícios de que a mãe planejava
deixar a cidade.
“Comecei
a apurar porque, como pode as filhas irem para um abrigo por causa de
uma situação delicada e a mãe só procurar a polícia dois dias depois?
Como pode a mãe nem visitar as meninas no abrigo? Durante o inquérito,
perguntei à ela se era comum as meninas ficarem na casa do suspeito, se
ela não ligava para ver se estava tudo bem. Ela disse que não tinha como
ligar na casa. Mas ela podia ter ido até lá a pé, ela morava há um
quilômetro da casa”, detalhou o delegado.
Ainda
de acordo com ele, a família ganhava cestas básicas do autor. “A mãe
não se dava o trabalho de desconfiar dele. Deu muita liberdade e tinha
pouco interesse em conhecer e entender o que na verdade estava
acontecendo”.
O
delegado entrou com um pedido de prisão preventiva por omissão,
conforme prevê o artigo 13 do Código Penal. “Esse trecho explica que
quem omite tem tanta responsabilidade quanto quem pratica o crime. A
omissão exerce uma responsabilidade no mesmo nível”, destacou.
De
acordo com a lei, a proteção da dignidade sexual está dividida entre as
vítimas maiores e menores de 14 anos. O menor de 14 anos tem uma
proteção especial da lei brasileira em casos de estupro e por isso está
inserido na categoria de vulneráveis.
Com
essa idade, é proibida qualquer conduta sexual, com ou sem
consentimento. A lei também protege quem não pode oferecer resistência
ao estupro, seja por possuir deficiência mental ou por estar em uma
situação vulnerável, como sob o efeito de drogas.
Além
da conjunção carnal com a vítima, a prática de atos libidinosos também
configura o estupro. Portanto, qualquer ato com sentido sexual
praticado com alguém sem seu consentimento, até mesmo um toque íntimo,
hoje é considerado estupro pela lei.
G1
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