sábado, 4 de novembro de 2017

O sonho de uma conceiçãoense

Mesmo com sanfona em frequentes reparos, mulher supera dificuldades e sonha em tocar em grande palcos

Mas, nem as dificuldades com o instrumento tiram o brilho e o sonho de Dona Salete de participar de programas de televisão, como por exemplo, Raul Gil, Faustão, Gugu Liberato e tantos outros apresentadores de grandes emissoras de televisão, espalhados por esse Brasil a fora.
Antes, porém de iniciar, é necessário consertar o título. Ao invés de ler "grande palcos", leia: Grandes palcos.
A história da conceiçãoense, Maria Salete dos Santos é muito semelhante a histórias de várias outras mulheres, que são desde a infância, artistas no anonimato. Porém, elas têm na arte de tocar sanfona um amor incondicional pelo que faz. Quase todas sonham os mesmos sonhos, tocam com os mesmos tons. Mas, nem todas vão longe na profissão e sequer, profissionais se tornam e vivem, absolutamente no anonimato, em um mundo só delas. Mas, são dessa forma felizes pelo que sabem fazer e pelo que conseguem de objetivo.
A residência de Maria Salete dos Santos fica na rua Paulino de Oliveira Braga, no bairro São Geraldo, onde mora sozinha. Aliás, ela e sua velha sanfona, que sempre passa por reparos, antes de ser tocada. Mas, nem as dificuldades com o instrumento tiram o brilho e o sonho de Dona Salete de participar de programas de televisão, como por exemplo, Raul Gil, Faustão, Gugu Liberato e tantos outros apresentadores de grandes emissoras de televisão, espalhados por esse Brasil a fora.
Além de sanfona, Salete toca outros unstrumentos musicais, desde os seis amos de idade. Com uma infância pobre na cidade de Conceição, tocar instrumentos musicais foi um dom que ela descobriu aos seis anos de idade. E não foi a sanfona que ‘provou dos dedos e as mãos geniais’ de Salete. Ela toca também pandeiro, triângulo e zabumba. “Eu aprendi tocar tudo, pandeiro, gaita, triângulo, zabumba. Mas, eu amo mesmo é tocar sanfona. É Deus no céu e uma sanfona na terra pra mim”, explicou Salte.
Na infância a conceiçãoense até estudou alguns tons e algumas notas musicais, mas o dom de tocar dela é algo que já nasceu com ele, conforme ela mesma explicou à reportagem. “Eu até via na escola algumas notas musicais. Mas, foi por mim mesma que eu aprendi, sozinha e Deus”, explicou.
Dificuldades
A vida musical de Salete não é fácil. A principal 'arma de trabalho dela vive sempre no reparo' e está sempre em consertos, improvisados com pregos, grampos ou arames... Mas, mesmo com toda dificuldade, ela não perde o brilho de tocar a sua ‘sanfona velha dos teclados soltos e das notas quebradas’. E mesmo toda dificuldade não é capaz de tirar dessa 'sertaneja valente' e persistente, o dom da música. E é partir da persistência e da esperança que ela sonha um dia poder tocar ‘nos grandes palcos da vida’, fazer grandes apresentações para multidões.
Enquanto o sonho de tocar nos grandes palcos não chega Salete vai vendo seus dedos ‘rasgando a sanfona’, sem perder a alegria de tocar e cantar, muitas vezes para apenas um público de uma nota só: ela mesma.
Veja vídeo:
Vale do Piancó Notícias - Por Gilberto Angelo

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