Estudo revela que dinossauros foram extintos há 66 milhões de anos por pouco; entenda
Cientistas explicam que o local onde o asteroide caiu teria definido o destino das espécies
© Pixabay
O
impacto do asteroide que matou os dinossauros não teria sido tão
devastador se tivesse caído em outros lugares da Terra, de acordo com um
novo estudo que compara a probabilidade de extinção em diferentes
locais alvos de corpos celestes.
Os cientistas acreditam que
uma extinção em massa de animais, incluindo os dinossauros, ocorreu
depois que um asteroide de 9 km de largura atingiu a Terra há 66 milhões
de anos. O evento criou a cratera Chicxulub na península de Yucatan,
México, e encerrou o período Cretáceo da história da Terra.
O
impacto aqueceu o hidrocarboneto e o enxofre nas rochas da Terra e fez
com que massas de partículas de fuligem e sulfato fossem liberadas para a
estratosfera, aumentando o clima em 8-10 graus Celsius e levando à
extinção de três quartos de todas as espécies na Terra, incluindo
dinossauros e animais que viviam em água morna. Animais de água fria,
como os crocodilos, sobreviveram ao evento.
De acordo com um novo
estudo realizado por pesquisadores do Instituto de Pesquisa
Meteorológica Japonesa e da Universidade de Tohoku, o local da queda do
asteroide tinha uma concentração excepcionalmente alta de
hidrocarbonetos e enxofre em comparação com a maioria dos outros pontos
da Terra, o que significa que seu impacto foi mais mortal do que teria
sido se tivesse acontecido em outro lugar.
"A probabilidade de
extinção em massa que ocorre após um asteroide que poderia atingir uma
localização aleatória na superfície da Terra foi de aproximadamente 13%
quando o asteroide da escala Chicxulub atingiu a Terra", escreveu Kunio
Kaiho e Naga Oshima em seu artigo, publicado na revista "Scientific
Reports".
Eles descobriram que a fuligem foi "provavelmente mais
importante do que o sulfato como causa da extinção em massa", e que as
áreas ricas em hidrocarbonetos compreendem apenas 13% da superfície
terrestre. Áreas que são ricas em hidrocarbonetos e enxofre compreendem
apenas 1% do planeta.
De acordo com o modelo dos cientistas, a
extinção em massa ocorreu apenas quando o asteroide de 9 km de diâmetro
atingiu as áreas coloridas em laranja no mapa
No momento do
impacto, "essas áreas ricas em hidrocarbonetos eram margens costeiras
marinhas, onde a produtividade das algas era geralmente alta e as rochas
sedimentares foram depositadas de forma espessa. Portanto, essas áreas
contêm uma grande quantidade de matéria orgânica, parte da qual se torna
fuligem com o calor de um impacto".
Como resultado, uma pequena mudança na trajetória do asteroide poderia ter sido suficiente para evitar a extinção em massa.
"A história da vida na Terra
poderia ter variado, então, de acordo com o local de impacto, e dependia
de diferenças minuciosas no forçamento orbital de asteroides. Se o
asteroide atingisse uma área de hidrocarbonetos de baixa-média na Terra,
a extinção em massa não poderia ter ocorrido e a biota mesozoica (vida
vegetal e animal) poderia ter persistido", escreveram os pesquisadores.
Notícias ao Minuto com informações do Sputnik Brasil
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