Submarino desaparecido está em fase "crítica" de oxigênio, diz Marinha argentina
O último paradeiro conhecido do submarino foi área do Golfo San Jorge

A Marinha da Argentina advertiu hoje (22) que o submarino desaparecido
há uma semana com 44 pessoas a bordo entrou em uma fase "crítica" quanto
à disponibilidade de oxigênio e informou que, por enquanto, não foi
estabelecido "nenhum tipo de contato" com a embarcação.
Em entrevista coletiva, o capitão Enrique Balbi, porta-voz da força
naval, revelou que na terça-feira (21) à tarde um navio americano tinha
avistado dois sinalizadores brancos e um laranja na área de busca do ARA
San Juan, por isso foram enviadas outras três unidades marítimas e uma
aeronave.
No entanto, após rastrear a área de forma acústica com sonares e com
imagens térmicas em infravermelho, além de um "detector de anomalias
magnéticas", foi comprovado que não há "nenhum tipo" de indício para
comprovar que os artefatos foram lançados do submarino.
"Estamos na parte crítica em relação ao oxigênio, supondo que não tem
capacidade de chegar a superfície e poder renová-lo", afirmou Balbi, que
insistiu que não se descarta que o submarino tenha conseguido sair da
imersão, por isso continuam na "fase de busca e resgate".
O porta-voz da Marinha disse que esta quarta-feira, quando se completa
uma semana desde que o ARA San Juan se comunicou pela última vez, é "um
dia ótimo" para a exploração aérea e marítima graças à melhora das
condições climáticas, embora na amanhã (23) a situação "comece a se
complicar novamente".
"Não posso fazer conjecturas, não temos indícios", afirmou Balbi, antes
de insistir que está sendo feito um esforço "humanamente muito grande" e
com a "mais alta tecnologia" de países estrangeiros. Ele isso pediu às
famílias dos 44 tripulantes que mantenham a esperança.
Além de cerca de 20 equipes marítimas e aéreas nacionais, colaboram na
operação com meios materiais e humanos países de todo o mundo, como
Estados Unidos, Reino Unido, Brasil, Chile, Colômbia, Peru, Uruguai,
França e Espanha.
O último paradeiro conhecido do submarino foi área do Golfo San Jorge,
na Patagônia, a 432 quilômetros do litoral, onde a embarcação seguia seu
caminho desde a base naval da província de Ushuaia a Mar del Plata, no
sul de Buenos Aires, aonde deveria ter chegado na segunda-feira (20).
Agência Brasil
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