Dilma Housseff diz que PT deve lutar até o fim por candidatura de Lula em 2018
Dilma disse que o PT "não pode abrir mão do símbolo que é Lula"
Durante debate na Universidade Livre de Berlim nessa terça-feira, 14, a
presidente deposta Dilma Rousseff fez uma defesa veemente da
candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Dilma disse que o PT "não pode abrir mão do símbolo que é Lula" e deve
"lutar até o último minuto para que ele possa ser candidato". "O que
eles precisam é que Lula seja condenado em junho e que permaneça
condenado até novembro. Depois, pode até ser inocentado, desde que
esteja fora das eleições", disse.
A petista disse que esse processo visa a "enquadrar o Brasil no
neoliberalismo, num processo que havia sido iniciado pelo (Fernando)
Collor, aprofundado pelo Fernando Henrique (Cardoso) e interrompido por
Lula".
Dilma voltou a adotar tom conciliador em relação a setores que apoiaram
a sua destituição. "Acho que muitos foram enganados, achavam que
estavam salvando o Brasil" ao apoiar o impeachment. "Não se deve afastar
quem se manifestou. É preciso fazê-los entender o que aconteceu",
disse.
Ao analisar o cenário político, Dilma criticou os tucanos, que definiu
como "nossos adversários históricos" para a plateia alemã. "O PSDB era o
partido da modernização conservadora. Eles tinham um programa. E depois
passaram a ser aliados do que há de pior, os símbolos da corrupção",
afirmou.
Ela avalia que a ausência de uma força conservadora de centro favorece a
ascensão da direita em figuras como a do deputado e presidenciável Jair
Bolsonaro (PSC-RJ). "Não se faz um impeachment sem um grau violento de
divisão na sociedade", afirma Dilma. "Com isso se cria grupos como o
MBL, de extrema-direita, que têm um padrão de agressão que leva a um
clima insustentável de intolerância", disse.
Brasil 247
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