sábado, 18 de novembro de 2017

Concurso mundial de fotografia de natureza

Brasileiro vence concurso da categoria 'Animais em seus ambientes', em Londres 

Tamanduá-bandeira 'jantando' cupins bioluminescentes durante a noite, no Parque Nacional das Emas 
Um tamanduá-bandeira ‘jantando’ cupins bioluminescentes durante a noite, no Parque Nacional das Emas (GO), foi a foto vencedora da categoria “Animais em seus ambientes” do Wildlife Photographer of the Year 2017, um dos principais concursos mundiais de fotografia de natureza.
O autor do registro foi o brasiliense Marcio Cabral. O anúncio foi realizado em 18/10, no Museu de História Natural de Londres, organizador da competição.
Amante da natureza e geógrafo por formação, Cabral visitou o parque durante cerca de três anos à espera das condições adequadas para fazer a foto. Depois de alguns dias de chuva, um tamanduá atacou o cupinzeiro por tempo suficiente para que o profissional fizesse uma única imagem de longa exposição.
“Gosto de natureza, de paisagens, imagens panorâmicas, em 360°. Com o avanço da tecnologia, os registros ficam cada vez mais realistas, praticamente realidade virtual”, afirma o fotógrafo.
Antes da atual conquista, a mesma fotografia, batizada de “The Night Raider”, já havia faturado outros quatro concursos internacionais.
No ano passado, uma foto do geógrafo foi eleita pelo Guinness World Record como a maior foto panorâmica subaquática do mundo. O registro, no rio Sucuri, em Bonito (MS), é de fevereiro de 2015 e tem 495 megapixels. “A fotografia digital exige atualização e estudo constante do profissional, porque, do contrário, o fotógrafo fica para trás”, comenta.
Chapada
Em conversa com o CORREIO Sustentabilidade, por telefone, Cabral relembra que esteve na Bahia em 2009, quando fotografou paisagens de Salvador como a Baía de Todos os Santos, Igreja de São Francisco, no Pelourinho, e o Farol da Barra.
Mas foi a Chapada Diamantina que encantou mais o premiado fotógrafo, cujo trabalho já foi publicado em várias revistas de turismo e livros.
“No ano que vem devo voltar a Chapada Diamantina, provavelmente entre abril e maio, onde devo ficar pelo menos um mês para tirar fotos em nível de concurso. Para participar de competições em nível internacional é preciso evitar clichês e apresentar algo inovador, por isso, pretendo dormir em cima dos morros por alguns dias, aproveitar horários que os turistas não estão. Tem de ser algo bem hard”, projeta o fotógrafo.
Veja algumas fotos:
Lagoa Misteriosa, Rio Sucuri, Bonito (MS), 2016

Chapada dos Veadeiros (GO), ano não informado
Barra Grande (BA), 2005

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