Brasileiro vence concurso da categoria 'Animais em seus ambientes', em Londres
Tamanduá-bandeira 'jantando' cupins bioluminescentes durante a noite, no Parque Nacional das Emas |
Um
tamanduá-bandeira ‘jantando’ cupins bioluminescentes durante a noite,
no Parque Nacional das Emas (GO), foi a foto vencedora da categoria
“Animais em seus ambientes” do Wildlife Photographer of the Year 2017,
um dos principais concursos mundiais de fotografia de natureza.
O
autor do registro foi o brasiliense Marcio Cabral. O anúncio foi
realizado em 18/10, no Museu de História Natural de Londres, organizador
da competição.
Amante da natureza e geógrafo por formação, Cabral
visitou o parque durante cerca de três anos à espera das condições
adequadas para fazer a foto. Depois de alguns dias de chuva, um tamanduá
atacou o cupinzeiro por tempo suficiente para que o profissional
fizesse uma única imagem de longa exposição.
“Gosto de natureza,
de paisagens, imagens panorâmicas, em 360°. Com o avanço da tecnologia,
os registros ficam cada vez mais realistas, praticamente realidade
virtual”, afirma o fotógrafo.
Antes da atual conquista, a mesma
fotografia, batizada de “The Night Raider”, já havia faturado outros
quatro concursos internacionais.
No ano passado, uma foto do
geógrafo foi eleita pelo Guinness World Record como a maior foto
panorâmica subaquática do mundo. O registro, no rio Sucuri, em Bonito
(MS), é de fevereiro de 2015 e tem 495 megapixels. “A fotografia digital
exige atualização e estudo constante do profissional, porque, do
contrário, o fotógrafo fica para trás”, comenta.
Chapada
Em
conversa com o CORREIO Sustentabilidade, por telefone, Cabral relembra
que esteve na Bahia em 2009, quando fotografou paisagens de Salvador
como a Baía de Todos os Santos, Igreja de São Francisco, no Pelourinho, e
o Farol da Barra.
Mas foi a Chapada Diamantina que encantou mais o
premiado fotógrafo, cujo trabalho já foi publicado em várias revistas
de turismo e livros.
“No ano que vem devo voltar a Chapada
Diamantina, provavelmente entre abril e maio, onde devo ficar pelo menos
um mês para tirar fotos em nível de concurso. Para participar de
competições em nível internacional é preciso evitar clichês e apresentar
algo inovador, por isso, pretendo dormir em cima dos morros por alguns
dias, aproveitar horários que os turistas não estão. Tem de ser algo bem
hard”, projeta o fotógrafo.
Veja algumas fotos:
Lagoa Misteriosa, Rio Sucuri, Bonito (MS), 2016
|
Chapada dos Veadeiros (GO), ano não informado |
Barra Grande (BA), 2005 |
Correio 24 Horas
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