Promotora de Justiça acusada de compra de votos em Mamanguape está em disponibilidade e pode perder cargo
A promotora de Justiça Ismânia do Nascimento é suspeita de, nas eleições de 2016, ter comprado votos durante a campanha para ajudar a eleger sua mãe, que teve o mandato cassado nesta terça-feira (17)
A decisão que cassou o mandato da prefeita e da vice-prefeita, Baby Helenita Veloso Silva, foi proferida pela juíza da 7ª Zona Eleitoral, Juliana Duarte Maroja - (Foto: Reprodução/caririemaçâo) |
A promotora de Justiça Ismânia do Nascimento Rodrigues Pessoa Nóbrega, filha da prefeita Maria Eunice do Nascimento Pessoa que teve o mandato cassado
nesta terça-feira (17) no município de Mamanguape, corre o risco de
perder o cargo. "Ela está afastada das suas funções, está em
disponibilidade. Existe, inclusive, a ação de perda do cargo", disse o
corregedor-geral do Ministério Público do Estado da Paraíba (MPPB),
Luciano Maracajá.
A decisão que cassou o mandato da prefeita e da vice-prefeita, Baby
Helenita Veloso Silva, foi proferida pela juíza da 7ª Zona Eleitoral,
Juliana Duarte Maroja. Além da prefeita e da vice-prefeita, a promotora
de Justiça também foi condenada. A juíza declarou a sua inelegibilidade
por 8 anos, além de aplicar multa de de R$ 53.205,00 a cada uma das três
investigadas.
A promotora de Justiça Ismânia do Nascimento é suspeita de, nas
eleições de 2016, ter comprado votos durante a campanha para ajudar a
eleger sua mãe. Ela já está em disponibilidade, uma das punições
previstas para membros do MP.
Um “áudio” gravado por pessoa até então desconhecida, dando conta de
que “Ismânia”, identificada como sendo promotora de Justiça e filha da
candidata eleita ao cargo de prefeita do Município de Mamanguape, Maria
Eunice do Nascimento Pessoa, acompanhada de um correligionário dela,
identificado apenas como “Moacyr Cartaxo”, em uma reunião realizada com
vereadores da coligação adversária, propôs uma “mudança de lado” em
troca de vantagens, como o pagamento do importe de R$ 5 mil, além de
outros benefícios como “empregos”, “gasolina” e “cachaça”.
Além disso, a magistrada mandou oficiar sobre a sentença ao Conselho
Nacional do Ministério Público, por meio do relator da Reclamação
Disciplinar n. 1.00761/2016-54, a Corregedoria do Ministério Público do
Estado da Paraíba, bem como ao Ministério Público Eleitoral competente.
ClickPB
Nenhum comentário:
Postar um comentário