Mais de 100 suspeitos são presos nesta sexta-feira na Operação Luz na Infância
O
número de presos na megaoperação Luz na Infância chegou a 108 na tarde
de hoje (20), informou o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Policiais civis de 25 estados cumprem 178 mandados de busca e apreensão
relacionados à prática de pedofilia. Ao deparar com material
pornográfico de crianças e adolescentes na casa dos suspeitos, os
agentes efetuam as prisões, em flagrante.
Segundo o ministério, os
detidos são suspeitos de disseminar pornografia infantil e pedofilia na
internet e, em alguns casos, eles eram também os responsáveis pela
produção do material.
A operação é considerada uma das maiores do
mundo no combate à pedofilia e envolve 1,1 mil policiais. O trabalho de
investigação durou seis meses, e o número final de presos e mandados
cumpridos será divulgado pelo Ministério da Justiça até o fim do dia. As
investigações agora vão apontar se os detidos fazem parte de quadrilhas
nacionais e internacionais ou agiam sozinhos. Também não foram
divulgadas informações consolidadas sobre o perfil das pessoas que foram
presas.
Na operação, a Diretoria de Inteligência da Secretaria
Nacional de Segurança Pública (Senasp) contou com o apoio de parceiros
nos Estados Unidos e na União Europeia, que colaboraram com a troca de
informações e softwares necessários para monitorar os
criminosos. Mais de 150 mil arquivos com conteúdo pornográfico de
menores de idade foram encontrados pelas investigações.
As
informações sobre os suspeitos foram reunidas e encaminhadas pela Senasp
às polícias civis dos estados, que têm jurisdição sobre o crime e deram
continuidade às investigações. No Amapá e no Piauí, o trabalho não foi
concluído a tempo da deflagração da operação, que envolveu os demais
estados e o Distrito Federal. O ministro da Justiça, Torquato Jardim,
disse que o trabalho continua e mais mandados podem ser emitidos nos
próximos dias.
Torquato Jardim concedeu entrevista coletiva na
sede da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro e destacou
a importância da cooperação internacional em tecnologia para a
segurança pública no Brasil, explicando que os principais crimes que
precisam ser combatidos no país são praticados por quadrilhas que têm
ligações transnacionais, como os crimes cibernéticos e os de tráfico de
drogas, armas e pessoas.
“Nada se passa no espaço exclusivo do
território nacional. A integração federativa é fundamental, e a
integração internacional não é menos fundamental em tecnologia. Essa é
uma tecla [em] que o Ministério da Justiça bate muito”, afirmou o
ministro.
Agência Brasil
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