Governo do Estado conclui primeiro lote do Canal Acauã-Araçagi com extensão de 122 km
A obra do
Canal Acauã/Araçagi pretende atender e garantir o abastecimento de água
para todos os municípios de sua área de influência, em caráter regular e
contínuo
O canal possui uma extensão de 122 km e atende 38 municípios onde mais de 600 mil habitantes serão beneficiados - (Foto: Reprodução/Secom-PB) |
Considerada a maior obra hídrica já realizada na
Paraíba e a segunda maior do Nordeste, o Canal Acauã-Araçagi já está com
o seu primeiro lote concluído e em breve será inaugurado pelo
governador Ricardo Coutinho. O canal possui uma extensão de 122 km e
atende 38 municípios onde mais de 600 mil habitantes serão beneficiados.
Ao todo, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da
Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia
(Seirhmact), em parceria com o Governo Federal, está investindo mais de
R$ 1 bilhão.
A obra do Canal Acauã/Araçagi
Adutor das Vertentes Litorâneas
pretende atender e garantir o abastecimento de água para todos os
municípios de sua área de influência, em caráter regular e contínuo, e
durante todo o período seco; e ainda objetiva a sustentabilidade hídrica
para os 38 municípios, irrigação para mais 15 mil hectares,
desenvolvimento da agricultura familiar e empresarial, piscicultura,
viabilizando assim uma melhor qualidade de vida, emprego e renda no meio
rural.
“A obra do canal Acauã-Araçagi está com o Lote 1 concluído, estamos
apenas nos retoques finais. Essa obra tem um significado importante para
a Paraíba, pois permitirá que as águas do São Francisco, chegando
através de Monteiro, passando em Boqueirão e depois chegando em Acauã,
possam ser distribuídas pelo estado, irrigando pelo menos 16 mil
hectares de terra naquela região, oferecendo segurança hídrica para
todos os municípios que ele atravessa. É uma obra que mudará o perfil
econômica de toda uma região”, comentou o secretário da Infraestrutura,
Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, João Azevêdo.
Ele lembrou que a obra do canal Acauã-Araçagi começou a ser concebida
no Ministério da Integração em 2004, quando repassou recursos para o
Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que
contratou um consórcio para a elaboração desse projeto, concluído em
junho 2007. “Na época, foi dado ao Governo do Estado para que ele
tomasse as devidas providências. Desde então, o projeto ficara guardado
nos arquivos do governo, até 2009, quando houve uma audiência pública de
licitação. Em setembro de 2010, foi publicado um edital e parou por aí.
Não foram feitos os contratos. Quando chegamos ao governo, no ano
seguinte, encontramos essa situação. Os contratos não haviam sido
assinados, nem foi estabelecido oficialmente um Termo de Compromisso
entre Governo do Estado e o Ministério da Integração para a
transferência dos recursos”, revelou João Azevêdo.
O secretário da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e
Ciência e Tecnologia contou ainda que, quando assumiu a administração do
Estado, o governador Ricardo Coutinho foi até Brasília e pediu que a
obra fosse incluída no pacote do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC), o que foi acatado pela então presidente Dilma Rousseff. “O
projeto das vertentes do canal Acauã-Araçagi foi incluído através do
Decreto nº 7.488, de 24 de maio de 2011. Posteriormente, assinamos o
Termo de Compromisso para a execução das obras. A partir daí, nós
começamos a desenvolver um trabalho a fim de viabilizar recursos para a
elaboração do projeto executivo, visando obtenção de recursos para a
contratação do gerenciamento e da supervisão da obra e desapropriação
das faixas de terras atingidas pelo canal, todas feitas com recursos
próprios. Em março de 2012, demos Ordem de Serviço para a instalação do
canteiro. Em 15 de outubro do mesmo ano, com a presença do então
ministro Fernando Bezerra, foi dada a Ordem de Serviço para a construção
do Lote 1. Este é o breve relato de uma grande obra, que teve
participação do Governo Federal, com recursos liberados normalmente e
esperamos que assim continue até o final da obra”, concluiu.
A obra
A execução das obras do Canal Acauã-Araçagi está dividida em
três lotes. O primeiro possui aproximadamente 46 km, o segundo 49 km e o
terceiro 34 km. O primeiro lote já recebeu investimentos superiores a
R$ 376 mil de um total de R$ 417,6 mil para esta fase.
Com a conclusão do primeiro trecho, o canal está apto a receber as
águas do eixo Leste do Rio São Francisco, cuja captação se dará em uma
tomada d’água construída na barragem de Acauã. Neste primeiro trecho a
obra vai beneficiar quatro municípios paraibanos Itatuba, Mogeiro,
Itabaiana, São José dos Ramos.
O Canal Acauã-Araçagi
Adutor das Vertentes Litorâneas se compõe de:
nove segmentos de canais abertos, com seções trapezoidais; seis trechos
em sifões invertidos, construídos em tubos de aço e que servem para
ultrapassar vales de rios e córregos cruzados em seu caminhamento. O
Canal foi projetado para transportar uma vazão máxima de 10 m³/s de água
bruta, no seu primeiro trecho (Trecho I), que vai de Acauã até o rio
Gurinhém. Nesse ponto, antes de cruzar o rio por meio de um sifão
invertido, ele descarrega 3,5 m3/s, seguindo, a partir daí, com 6,5
m3/s. Esta derivação tem a finalidade de, a partir de certo ponto a ser
determinado, abastecer um açude a ser construído no Rio Gurinhém, ou em
um seu afluente da margem direita.
Desse ponto, vai até próximo ao cruzamento do rio Mamanguape, logo à
jusante do barramento do Açude Araçagi; caracterizando-se então o Trecho
II, e aí ele descarrega mais 4 m³/s antes de cruzar o rio (nesse caso
também por meio de um sifão invertido). Esta derivação irá permitir
abastecer o Açude Araçagi. Daí, transportando os 2,5 m³/s restantes,
atravessa o rio Mamanguape e vai descarregá-los, ao final, num afluente
da margem direita do rio Camaratuba, ficando então caracterizado o seu
Trecho III, onde no final do traçado do referido projeto, deverá ser
construído um segundo reservatório, num afluente do Rio Camaratuba ou
nesse próprio rio.
ClickPB com Secom-PB
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