sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Maior obra hídrica da Paraíba e segundo do Nordeste

Governo do Estado conclui primeiro lote do Canal Acauã-Araçagi com extensão de 122 km

A obra do Canal Acauã/Araçagi pretende atender e garantir o abastecimento de água para todos os municípios de sua área de influência, em caráter regular e contínuo

O canal possui uma extensão de 122 km e atende 38 municípios onde mais de 600 mil habitantes serão beneficiados - (Foto: Reprodução/Secom-PB)


Considerada a maior obra hídrica já realizada na Paraíba e a segunda maior do Nordeste, o Canal Acauã-Araçagi já está com o seu primeiro lote concluído e em breve será inaugurado pelo governador Ricardo Coutinho. O canal possui uma extensão de 122 km e atende 38 municípios onde mais de 600 mil habitantes serão beneficiados. Ao todo, o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia (Seirhmact), em parceria com o Governo Federal, está investindo mais de R$ 1 bilhão.
A obra do Canal Acauã/Araçagi 
Adutor das Vertentes Litorâneas pretende atender e garantir o abastecimento de água para todos os municípios de sua área de influência, em caráter regular e contínuo, e durante todo o período seco; e ainda objetiva a sustentabilidade hídrica para os 38 municípios, irrigação para mais 15 mil hectares, desenvolvimento da agricultura familiar e empresarial, piscicultura, viabilizando assim uma melhor qualidade de vida, emprego e renda no meio rural.
“A obra do canal Acauã-Araçagi está com o Lote 1 concluído, estamos apenas nos retoques finais. Essa obra tem um significado importante para a Paraíba, pois permitirá que as águas do São Francisco, chegando através de Monteiro, passando em Boqueirão e depois chegando em Acauã, possam ser distribuídas pelo estado, irrigando pelo menos 16 mil hectares de terra naquela região, oferecendo segurança hídrica para todos os municípios que ele atravessa. É uma obra que mudará o perfil econômica de toda uma região”, comentou o secretário da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia, João Azevêdo.
Ele lembrou que a obra do canal Acauã-Araçagi começou a ser concebida no Ministério da Integração em 2004, quando repassou recursos para o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), que contratou um consórcio para a elaboração desse projeto, concluído em junho 2007. “Na época, foi dado ao Governo do Estado para que ele tomasse as devidas providências. Desde então, o projeto ficara guardado nos arquivos do governo, até 2009, quando houve uma audiência pública de licitação. Em setembro de 2010, foi publicado um edital e parou por aí. Não foram feitos os contratos. Quando chegamos ao governo, no ano seguinte, encontramos essa situação. Os contratos não haviam sido assinados, nem foi estabelecido oficialmente um Termo de Compromisso entre Governo do Estado e o Ministério da Integração para a transferência dos recursos”, revelou João Azevêdo.
O secretário da Infraestrutura, Recursos Hídricos, Meio Ambiente e Ciência e Tecnologia contou ainda que, quando assumiu a administração do Estado, o governador Ricardo Coutinho foi até Brasília e pediu que a obra fosse incluída no pacote do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o que foi acatado pela então presidente Dilma Rousseff. “O projeto das vertentes do canal Acauã-Araçagi foi incluído através do Decreto nº 7.488, de 24 de maio de 2011. Posteriormente, assinamos o Termo de Compromisso para a execução das obras. A partir daí, nós começamos a desenvolver um trabalho a fim de viabilizar recursos para a elaboração do projeto executivo, visando obtenção de recursos para a contratação do gerenciamento e da supervisão da obra e desapropriação das faixas de terras atingidas pelo canal, todas feitas com recursos próprios. Em março de 2012, demos Ordem de Serviço para a instalação do canteiro. Em 15 de outubro do mesmo ano, com a presença do então ministro Fernando Bezerra, foi dada a Ordem de Serviço para a construção do Lote 1. Este é o breve relato de uma grande obra, que teve participação do Governo Federal, com recursos liberados normalmente e esperamos que assim continue até o final da obra”, concluiu.
A obra 
A execução das obras do Canal Acauã-Araçagi está dividida em três lotes. O primeiro possui aproximadamente 46 km, o segundo 49 km e o terceiro 34 km. O primeiro lote já recebeu investimentos superiores a R$ 376 mil de um total de R$ 417,6 mil para esta fase.
Com a conclusão do primeiro trecho, o canal está apto a receber as águas do eixo Leste do Rio São Francisco, cuja captação se dará em uma tomada d’água construída na barragem de Acauã. Neste primeiro trecho a obra vai beneficiar quatro municípios paraibanos Itatuba, Mogeiro, Itabaiana, São José dos Ramos.
O Canal Acauã-Araçagi 
Adutor das Vertentes Litorâneas se compõe de: nove segmentos de canais abertos, com seções trapezoidais; seis trechos em sifões invertidos, construídos em tubos de aço e que servem para ultrapassar vales de rios e córregos cruzados em seu caminhamento. O Canal foi projetado para transportar uma vazão máxima de 10 m³/s de água bruta, no seu primeiro trecho (Trecho I), que vai de Acauã até o rio Gurinhém. Nesse ponto, antes de cruzar o rio por meio de um sifão invertido, ele descarrega 3,5 m3/s, seguindo, a partir daí, com 6,5 m3/s. Esta derivação tem a finalidade de, a partir de certo ponto a ser determinado, abastecer um açude a ser construído no Rio Gurinhém, ou em um seu afluente da margem direita.
Desse ponto, vai até próximo ao cruzamento do rio Mamanguape, logo à jusante do barramento do Açude Araçagi; caracterizando-se então o Trecho II, e aí ele descarrega mais 4 m³/s antes de cruzar o rio (nesse caso também por meio de um sifão invertido). Esta derivação irá permitir abastecer o Açude Araçagi. Daí, transportando os 2,5 m³/s restantes, atravessa o rio Mamanguape e vai descarregá-los, ao final, num afluente da margem direita do rio Camaratuba, ficando então caracterizado o seu Trecho III, onde no final do traçado do referido projeto, deverá ser construído um segundo reservatório, num afluente do Rio Camaratuba ou nesse próprio rio.
ClickPB com Secom-PB

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