quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Mãe mandou matar o próprio filho

Justiça manda a júri mãe que matou filho de 17 anos por ser gay em Cravinhos (SP)

Outros dois também serão julgados pela morte, enquanto o padrasto da vítima, Alex Canteli Pereira, responderá em liberdade por crime de ocultação de cadáver


A Justiça decidiu submeter a júri popular a mãe que matou o filho de 17 anos por ele ser homossexual, em Cravinhos, uma cidade de 34 mil habitantes na região de Ribeirão Preto, em dezembro de 2016. Além da mãe – a ex-gerente de supermercado Tatiana Ferreira Lozano Pereira, de 32 anos -, também serão levados a julgamento Victor Roberto da Silva, de 19, e Miller da Silva Barissa, de 18, ambos como executores do assassinato de Itaberli Lozano.
A vítima foi morta a facadas e teve o corpo queimado em um canavial. Os três responderão pelo crime de homicídio triplamente qualificado, já que teria sido cometido por motivo torpe, meio cruel e sem dar chance de defesa à vítima. Tatiana também é acusada de ocultação de cadáver.
Na mesma decisão, a Justiça mandou soltar o padrasto da vítima, Alex Canteli Pereira, por considerar que as provas contra ele são insuficientes para mantê-lo preso. O suspeito já deixou o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Taiúva, mas responderá por ocultação de cadáver – ele ajudou a mãe a levar o corpo ao canavial. O Ministério Público Estadual vai recorrer contra a decisão de soltar o suspeito.
Tatiana e os outros dois acusados continuam na prisão. O advogado de defesa dela, Hamilton Paulino Pereira Junior, entrará com recurso sob a alegação de que as provas também são frágeis. O mesmo argumento será usado pelo advogado dos outros dois acusados, Flávio Tiepolo, para pedir a soltura deles.
De acordo com a investigação policial, Itaberli foi morto no dia 29 de dezembro, mas seu desaparecimento só foi registrado dois dias depois, pela avó do jovem. O corpo foi encontrado, carbonizado em um canavial, no dia 7 de janeiro. O reconhecimento foi feito por meio de exame de DNA.
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