Desafios de quem dedica uma vida inteira para formar cidadãos: os professores
O
ato de ensinar contempla inúmeras missões assumidas pelos profissionais
da educação que, neste domingo (15), comemoram mais um Dia do
Professor.
Diante dos desafios que apresentam-se em sala de aula para transmitir conhecimentos, o Portal MaisPB, trouxe alguns exemplos de professores que demonstram que o amor pela educação está acima de muitas dificuldades.
“Ser professor é mais do que um meio de vida, é um combustível para a vida”
Para
muitos professores, a experiência em sala de aula é algo realizado com
muita paixão. Este é o caso da professora do curso de comunicação social
e jornalista Patrícia Monteiro.
“A
educação é mais do que um meio de vida, é um combustível para a vida. É
um exercício que me faz melhor como ser humano”, declarou Patrícia que ,
desde agosto de 2007 ministra aulas para o nível superior.
“Falar
da sala de aula, para mim, é emocionante. Mexe mesmo com meus
sentimentos”, completou ao afirmar que não enxerga a relação com os
alunos como algo afastado da realidade do mercado de trabalho, pois ela
acredita que o fato de ter vivenciado a rotina diária de uma jornalista,
dá um sentido diferente aos seus ensinamentos.
“A
relação na sala de aula é uma relação que expande o ambiente do
mercado. Por causa da experiência que eu tenho, existe essa motivação de
que os alunos consigam vivenciar na sala de aula, a realidade mais
próxima possível do âmbito profissional”, argumentou.
Para a professora, a essência está em perceber os valores dos alunos, enxergar os talentos e tentar estimulá-los.
Quando
questionada sobre os desafios de ser professor nos dias atuais, ela
relata a oportunidade de aprender com os alunos e com os conteúdos.
“Cada
vez que a gente se sente limitado ou provocado por uma situação, mais a
gente se estimula a estudar, a pesquisar. É um universo de
conhecimento, aprendizado, de leituras de vida, olhares e sensações”,
destacou ao afirmar que o ambiente é um espaço de transformação
constante,pois lida-se com as mais diferentes realidades.
‘A
gente tem muito a aprender com nossos alunos. Minha casa é um celeiro
de aprendizado e de pessoas apaixonadas pela educação. Nós nutrimos esse
amor pela sala de aula e pelo que a educação pode fazer com a vida das
pessoas”, concluiu ao citar o também professor de graduação, e marido
Luís Augusto.
“Meu desejo para o futuro é encontrar uma nova realidade no âmbito escolar”
De
acordo com Mayra Alves, graduada em Letras com habilitação em Língua
Portuguesa,seu desejo para o futuro da profissão é uma nova realidade no
ambiente escolar.
“Uma
realidade mais otimista com o verdadeiro reconhecimento da profissão”,
desejou a professora que, aos 27 anos , possui cinco ministrando aulas
no ensino fundamental e médio, no município paraibano de Pedras de Fogo.
Para
ela, a realidade diária vivenciada pelo profissional pode trazer muitas
dificuldades, em especial na rede pública de ensino, onde atualmente
ensina.
“Para mim, o maior
desafio do professor, de fato, é ensinar a quem não quer aprender”,
afirmou ao acrescentar que, além da desvalorização profissional e os
baixos salários, as escolas públicas, em sua maioria, não dão o suporte
necessário para que possam elaborar aulas mais didáticas e atrativas aos
alunos.
No entanto, o
gosto pela leitura, a afinidade e a curiosidade em aprimorar os
conhecimentos em relação ao português, bem como o dom de retransmitir o
aprendizado a trouxeram para a missão de educar.
“Existe também a “pitada” de vontade de fazer a diferença na educação, entre tantas dificuldades”, completa.
“Desejo
aprofundar meu conhecimento e, quem sabe, despertar a sede de
conhecimento e o prazer em aprender nos meus alunos”, conclui a
professora ao revelar que planeja especializar-se na profissão.
Ser professor é dedicação, paciência, é ser “tia”. Tem quer ter muito amor.
Para a professora de língua espanhola, Helena Gomes, a profissão exige atributos como dedicação, paciência e muito amor.
“Tem
professor que não gosta do termo “tia” , mas eu adoro. São “sobrinhos”
que a vida me deu”, explica Helena que começou a lecionar em 2013 num
curso de extensão para alunos universitários ou formados e há quatro
anos trabalha com turmas de crianças do ensino fundamental.
“Trabalhar
com crianças é mágico, pois elas tem um encantamento, magia, são puras,
inocentes e carinhosas. E além disso, sinceras, dizem se gostam ou não
de algo”, justifica ao acrescentar que qualquer simples brincadeira,
música ou vídeo vira uma festa para os pequenos. Segundo ela ,usar estas
ferramentas é importante numa aula de língua estrangeira.
Segundo
a professora, a dificuldade está em perceber que o profissional ainda
não é valorizado. “Infelizmente, o Brasil é um país que não investe em
educação e fora isso, um dos maiores problemas em sala de aula é a
indisciplina”.
“ O que
conforta é quando vemos que o aluno aprendeu, que chega com uma palavra
de carinho, quando compartilhamos conhecimento. Isso faz com que nossa
profissão seja digna e que tenhamos esperança de dias melhores”,
ressaltou.
Juliana Cavalcanti – MaisPB
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