domingo, 15 de outubro de 2017

Dia do Professor

Desafios de quem dedica uma vida inteira para formar cidadãos: os professores

O ato de ensinar contempla inúmeras missões assumidas pelos profissionais da educação que, neste domingo (15), comemoram mais um Dia do Professor. 
Diante dos desafios que apresentam-se em sala de aula para transmitir conhecimentos, o Portal MaisPB, trouxe alguns exemplos de professores que demonstram que o amor pela educação está acima de muitas dificuldades.

“Ser professor é mais do que um meio de vida, é um combustível para a vida”

Para muitos professores, a experiência em sala de aula é algo realizado com muita paixão. Este é o caso da professora do curso de comunicação social e jornalista Patrícia Monteiro.
“A educação é mais do que um meio de vida, é um combustível para a vida. É um exercício que me faz melhor como ser humano”, declarou Patrícia que , desde agosto de 2007 ministra aulas para o nível superior.
“Falar da sala de aula, para mim, é emocionante. Mexe mesmo com meus sentimentos”, completou ao afirmar que não enxerga a relação com os alunos como algo afastado da realidade do mercado de trabalho, pois ela acredita que o fato de ter vivenciado a rotina diária de uma jornalista, dá um sentido diferente aos seus ensinamentos.
“A relação na sala de aula é uma relação que expande o ambiente do mercado. Por causa da experiência que eu tenho, existe essa motivação de que os alunos consigam vivenciar na sala de aula,  a realidade mais próxima possível do âmbito profissional”, argumentou.
Para a professora, a essência está em perceber os valores dos alunos, enxergar os talentos e tentar estimulá-los.
Quando questionada sobre os desafios de ser professor nos dias atuais, ela relata a oportunidade de aprender com os alunos e com os conteúdos.
“Cada vez que a gente se sente limitado ou provocado por uma situação, mais a gente se estimula a estudar, a pesquisar. É um universo de conhecimento, aprendizado, de leituras de vida, olhares e sensações”, destacou ao afirmar que o ambiente é um espaço de transformação constante,pois lida-se com as mais diferentes realidades.
‘A gente tem muito a aprender com nossos alunos. Minha casa é um celeiro de aprendizado e de pessoas apaixonadas pela educação. Nós nutrimos esse amor pela sala de aula e pelo que a educação pode fazer com a vida das pessoas”, concluiu ao citar o também professor de graduação, e marido Luís Augusto. 

“Meu desejo para o futuro é encontrar uma nova realidade no âmbito escolar”

De acordo com Mayra Alves, graduada em Letras com habilitação em Língua Portuguesa,seu desejo para o futuro da profissão é uma nova realidade no ambiente escolar.
“Uma realidade mais otimista com o verdadeiro reconhecimento da profissão”, desejou a professora que, aos 27 anos , possui cinco ministrando aulas no ensino fundamental e médio, no município paraibano de Pedras de Fogo.
Para ela, a realidade diária vivenciada pelo profissional pode trazer muitas dificuldades, em especial na rede pública de ensino, onde atualmente ensina.
“Para mim, o maior desafio do professor, de fato, é ensinar a quem não quer aprender”, afirmou ao acrescentar que, além da desvalorização profissional e os baixos salários, as escolas públicas, em sua maioria, não dão o suporte necessário para que possam elaborar aulas mais didáticas e atrativas aos alunos.
No entanto, o gosto pela leitura, a afinidade e a curiosidade em aprimorar os conhecimentos em relação ao português, bem como o dom de retransmitir o aprendizado a trouxeram para a missão de educar.
“Existe também a “pitada” de vontade de fazer a diferença  na educação, entre tantas dificuldades”, completa.
“Desejo aprofundar meu conhecimento e, quem sabe, despertar a sede de conhecimento e o prazer em aprender nos meus alunos”, conclui a professora ao revelar que planeja especializar-se na profissão.

Ser professor é dedicação, paciência, é ser “tia”. Tem quer ter muito amor.

Para a professora de língua espanhola, Helena Gomes, a profissão exige atributos como dedicação, paciência e  muito amor.
“Tem professor que não gosta do termo “tia” , mas eu adoro. São “sobrinhos” que a vida me deu”, explica Helena que começou a lecionar em 2013 num curso de extensão para alunos universitários ou formados e há quatro anos trabalha com turmas de crianças do ensino fundamental.
“Trabalhar com crianças é mágico, pois elas tem um encantamento, magia, são puras, inocentes e carinhosas. E além disso, sinceras, dizem se gostam ou não de algo”, justifica ao  acrescentar que  qualquer simples brincadeira, música ou vídeo vira uma festa para os pequenos. Segundo ela ,usar estas ferramentas é importante numa aula de língua estrangeira.
Segundo a professora, a dificuldade está em perceber que o profissional ainda não é valorizado. “Infelizmente, o Brasil é um país que não investe em educação e fora isso, um dos maiores problemas em sala de aula é a indisciplina”.  
“ O que conforta é quando vemos que o aluno aprendeu, que chega com uma palavra de carinho, quando compartilhamos conhecimento.  Isso faz com que nossa profissão seja digna e que tenhamos esperança de dias melhores”, ressaltou.
Juliana Cavalcanti – MaisPB

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