Postes e pontos de ônibus com apologia a ‘orgulho branco’ nas ruas de Blumenau
Polícia
Civil investiga a colocação de novos cartazes com mensagens
supremacistas em Blumenau, no Vale do Itajaí. São pelo menos 10 cartazes
em postes e pontos de ônibus de duas ruas no Centro da cidade. Uma
suástica também foi pinchada no bairro Ponte Aguda.
O
caso está sendo investigado no mesmo inquérito instaurado para apurar
ataques ao ativista e advogado Marco Antônio André, que teve cartazes
racistas colocados em frente de casa em Blumenau em setembro.
“Tem
a possibilidade de ser o mesmo grupo, por isso estamos investigando no
mesmo inquérito. Os dois casos seriam o mesmo tipo penal, mas no caso do
Marco foi mais racismo. Essa situação agora é apologia ao nazismo, com a
suástica, com essa questão de hegemonia branca. Além de associação
criminosa, se for o mesmo grupo”, detalha o delegado Lucas Gomes de
Almeida, da 2ª Delegacia de Polícia de Blumenau.
Polícia diz que há mais de 10 cartazes no Centro de Blumenau - (Foto: Jean Mazzonetto/NSC TV) |
“Foram
colocados no fim de semana, provável que no domingo (22), pois foram
colados em lugares de grande circulação de pessoas. Com a Oktober, se
fosse no sábado teriam visto antes”.
O delegado diz que não houve registro de boletim de ocorrência. Em setembro, o advogado Marco André registrou boletim na 1ª DP. Os
cartazes têm mensagens contra o comunismo, de exaltação aos brancos e
são assinados com o site de um grupo neonazista ucraniano.
“Acredito
que seja para desviar o foco da investigação. Não há registro de
atuação desse grupo em Blumenau, nem em Santa Catarina, mas estamos
apurando”, disse Almeida.
Polícia acredita que cartazes foram colocados no domingo em Blumenau - (Foto: Jean Mazzonetto/NSC TV) |
Figura de Che Guevara também foi alvo de ataques - (Foto: Jean Mazzonetto/NSC TV) |
Prorrogação do Inquérito
O
prazo de conclusão do inquérito sobre os ataques ao advogadoMarco André
terminaria na quinta-feira (26), mas o delegado vai pedir prorrogação.
“Não
recebi ainda os resultados da perícia e tem agora essa nova situação”,
diz o delegado. A perícia é para descobrir de quem são as digitais
encontradas em um dos cartazes de setembro.
A
polícia chegou a suspeitos, mas o delegado não informou quantos nem se
eles foram ouvidos para não atrapalhar as investigações.
“A
gente está trabalhando na hipótese que as duas situações tenham sido
feitas pelo mesmo grupo, caso seja concluído de forma diferente, o
relatório final fará essa diferenciação”.
G1
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