Conta de luz terá taxa extra de R$ 5 para cada 100 quilowatts-hora consumidos
Segundo a Aneel, não houve evolução na situação dos reservatórios das usinas hidrelétricas em relação ao mês anterior
Na última terça-feira (24), a Aneel aprovou uma proposta de reajuste de quase 43% sobre o atual valor da bandeira tarifária vermelha patamar 2 - (Foto: Witzler) |
A bandeira tarifária que será aplicada nas contas de
luz de novembro será a vermelha patamar 2, com acréscimo de R$ 5 para
cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. Segundo a Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel), não houve evolução na situação dos
reservatórios das usinas hidrelétricas em relação ao mês anterior.
“Ainda que não haja risco de desabastecimento de energia elétrica, é
preciso reforçar as ações relacionadas ao uso consciente e combate ao
desperdício”, diz a agência.
Na última terça-feira (24), a Aneel aprovou uma proposta de reajuste
de quase 43% sobre o atual valor da bandeira tarifária vermelha patamar
2, a mais cara do sistema, passando o valor da taxa extra de R$ 3,50
para cada 100 quilowatts-hora (kWh) e passarão a pagar R$ 5 de taxa
extra, já a partir de novembro.
Em outubro, a bandeira vermelha patamar 2 foi acionada pela primeira
vez desde que o sistema passou a contar com duas graduações para a cor
vermelha, em janeiro de 2016. A decisão foi tomada devido à baixa vazão
das hidrelétricas, porque as chuvas em setembro ficaram abaixo da média.
Por causa do atual cenário de falta de chuvas, o Comitê de
Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) decidiu que vai fazer reuniões
semanais para analisar as condições de fornecimento de energia no país.
Até ontem (26), o nível dos reservatórios das regiões Sudeste e
Centro-Oeste, os mais importantes do país, estavam em 17,9% de sua
capacidade máxima. No mesmo período de 2001, quando houve um grande
racionamento de energia do país, o índice estava em 21%.
Sistema
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015, como forma de
recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas
termelétricas, que é mais cara do que a de hidrelétricas. A cor da
bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e
indica o custo da energia em função das condições de geração.
Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas
ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o
suprimento de energia no país. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou
vermelha, de acordo com o custo de operação das termelétricas acionadas.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário