Juliana Alves compartilha vídeo e detalhes de parto normal de sua primeira filha
Mãe há quinze dias, Juliana Alves compartilhou
um vídeo e detalhes do parto normal de sua primeira filha. Antes do
nascimento na maternidade, a atriz contatou sua obstetra e uma doula
para que elas iniciassem os exercícios pré-parto em sua própria casa, e
assim facilitasse a chegada de Yolanda. O diretor e marido da artista,
Ernani Nunes acompanhou todo o processo.
Após quase 12 horas de
trabalho de parto, a pequena veio ao mundo no dia 21 de setembro, às
12h45, com 49,5 cm de altura e pesando 3,5 kg.
“Uma hora da manhã a
bolsa estourou e começamos exercícios na bola, massagens, banho quente,
o que fosse preciso para me preparar e para irmos para maternidade
apenas quando estivesse muito próximo do trabalho de parto ativo, o
parto propriamente dito…Mas no meu caso, não houve este tempo, porque as
contrações já vieram muito intensas e eu confesso que me assustei um
pouco.
Não consegui pegar minha roupa, bolsa, não conseguia mais
fazer nada… Meu marido pegou minha roupa, a doula me ajudou a vestir
enquanto ele colocava tudo às pressas no carro e fomos.
Gritava a cada contração, a caminho da maternidade em intervalos de menos de cinco minutos“.
“Chegando
lá, encontramos nossa obstetra que já estava tudo como combinado
previamente, em um plano de parto o mais humanizado possível dentro de
uma maternidade (uma sala com banheira, o tal gancho que eu sabia que
usaria no teto pra eu puxar um pano, enquanto fazia força, pouca luz,
conversa prévia com pediatra).
E minhas contrações foram se intensificando e os intervalos diminuindo.
Não achava nenhuma posição menos dolorosa, não existia um jeito… a gente tinha que descobrir ali.
Eu havia ‘aprendido’ como respirar, mas na hora da dor intensa, parecia que eu não sabia nada…”
Juliana
relata que neste momento ingressou na “partolândia” e sua consciência
se dividia entre o espaço físico e um outro mundo que ela precisava
acessar para se concentrar no que importava e buscar forças.
“Passaram-se
horas de contrações fortíssimas e a minha obstetra me orientava como
conduzir a respiração e como fazer a força certa para ajudar minha filha
a descer… Era uma voz firme e segura que me chamava para
responsabilidade e me lembrava que ‘quem faz o parto sou eu’, eu tinha
que parir.
Também tinha uma vozinha doce e fraternal, da
assistente dela que dizia como poesia ‘traz ela para gente, traz a
Yolanda, traz, Ju’.
E minha doula Luciana, era quem cuidava de
entender o que o meu corpo pedia, quando eu não conseguia ser clara com
as palavras, dizia com sua voz suave palavras de incentivo e
cumplicidade e cuidava para minha natureza permitir que tudo fluísse
bem. Às vezes, quando um pensamento de dúvida se eu conseguiria, vinha,
ela chegava junto me lembrando que força necessária para isso, vem dessa
minha natureza. E que era muito importante deixar a natureza agir”.
A chegada de Yolanda
“Já
era de manhã, eu olhava pro relógio e parecia estar sonhando, eu tinha
uns ‘desmaios’ de exaustão e nessa hora, o meu marido, que desde o
início estava super presente e participativo, começou a falar mais alto,
me tocar mais e praticamente respirar junto comigo”.
Era preciso a dor a nosso favor
“Fizemos
diversas posições, na banheira, de cócoras, semi-deitada, puxando pano
amarrado no teto e no final, pari com ‘mix de todas as posições’, em uma
engenharia muito louca e eficiente para mim, encontrada depois de horas
e horas de trabalho intenso de parto.
Quando já tinha a dilatação
necessária para minha filha sair, eu achava que não teria mais
condições de suportar a dor das contrações e continuar a usar a força
para conduzi-la. Nessa hora, minha mão direita agarrava a blusa do
Ernani, a esquerda agarrava uma barra e a mente agarrava o amor pela
vida dela e o desejo de trazê-la ao mundo. E é esse amor que faz você
finalmente entender tudo.
A dor parece mesmo insuportável. Mas não é. Na hora que escutei ‘já estamos vendo a cabecinha dela, Ju. Nossa! Como ela é cabeluda!…Vai Ju’.
Fui de vez pra ‘partolândia’ e não senti mais dor nenhuma dor. Entendi o que é usar a dor ao favor (alguém já tinha colocado nossa playlist pra tocar. E nessa hora, tocava a música ‘Iolanda’ versão ‘A Quatro Vozes’).
A dor parece mesmo insuportável. Mas não é. Na hora que escutei ‘já estamos vendo a cabecinha dela, Ju. Nossa! Como ela é cabeluda!…Vai Ju’.
Fui de vez pra ‘partolândia’ e não senti mais dor nenhuma dor. Entendi o que é usar a dor ao favor (alguém já tinha colocado nossa playlist pra tocar. E nessa hora, tocava a música ‘Iolanda’ versão ‘A Quatro Vozes’).
Ernani conseguiu se
desgarrar do meu apertão e a médica liberou Yolanda e ele terminou de
retirá-la. Como combinado com a pediatra, ele trouxe ela para os meus
braços e eu tive finalmente recompensa que minimizou todas aquelas horas
de dor, fez valer todos os meses e até anos de espera. Valeu cada
minuto! Para sentir a pele dela encontrar meu colo e sua boca encontrar
meu seio ainda com o cordão nos unindo. Ali ficamos unidas por um bom
tempo.
E hoje, minha admiração pelo companheiro que tenho
aumentou. Pelas horas de prova de puro amor e dedicação dele no nosso
trabalho de parto.
Compartilho essa experiência e até me exponho
mais do que o habitual porque acredito que assim posso encorajar outras
mulheres a buscar mais informações para conseguirem ter um parto mais
humanizado e saudável para si e para seu bebê.
É claro que sem
radicalismo. É importante avaliar cada caso e as necessidades de cada
parto. O mais importante é ‘nascer com amor’ e nascer saudável”.
Bol
MaisPB
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