Donald Trump diz que Estados Unidos não irão mais tolerar ações da Coreia do Norte
"Eu acredito que o presidente Xi concorda comigo 100 por cento", acrescentou
Perguntado se está considerando uma resposta militar à Coreia do Norte, Trump disse: "Certamente, esta não é nossa primeira escolha, mas vamos ver o que acontece" - (Foto: Reprodução) |
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou
nesta quarta-feira que os EUA não irão mais tolerar ações da Coreia do
Norte, mas disse que o uso de força militar contra Pyongyang não será
sua "primeira escolha".
Em uma série de ligações com líderes mundiais dias após o sexto e
mais poderoso teste nuclear da Coreia do Norte, Trump e o presidente da
China, Xi Jinping, se comprometeram em "tomar mais ações com o objetivo
de alcançar a desnuclearização da península coreana", informou a Casa
Branca.
"O presidente Xi gostaria de fazer algo. Iremos ver se ele pode ou
não fazer. Mas nós não iremos mais tolerar o que está acontecendo na
Coreia do Norte", disse Trump a repórteres, embora não tenha dado mais
detalhes.
"Eu acredito que o presidente Xi concorda comigo 100 por cento", acrescentou.
Perguntado se está considerando uma resposta militar à Coreia do
Norte, Trump disse: "Certamente, esta não é nossa primeira escolha, mas
vamos ver o que acontece".
Xi, que tem sofrido pressão de Trump para fazer mais para ajudar a
conter os programas de mísseis e nuclear da Coreia do Norte, disse ao
presidente norte-americano durante conversa telefônica de 45 minutos que
a questão norte-coreana deve ser resolvida através de "diálogo e
consultas".
O foco em negociações da China, principal parceira comercial da
Coreia do Norte, contrastou com as afirmações de Trump durante os
últimos dias de que agora não é hora para conversas com a Coreia do
Norte, enquanto ao invés disto pressionava por maior pressão
internacional sobre Pyongyang.
Os EUA e a Coreia do Sul pediram para a Organização das Nações Unidas
considerar novas duras sanções sobre a Coreia do Norte após teste
nuclear no domingo, que Pyongyang disse ter sido de uma avançada bomba
de hidrogênio.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, insistiu nesta quarta-feira
que resolver a crise nuclear norte-coreana é impossível somente com
sanções e pressão.
Putin se encontrou com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, às
margens de uma cúpula econômica na cidade oriental russa de Vladivostok
em meio a crescente preocupação internacional de que a Coreia do Norte
planeja mais testes de armas, incluindo possivelmente um lançamento de
míssil de longa distância antes de uma celebração no fim de semana.
Putin ecoou outros líderes mundiais em denúncias ao teste de bomba
nuclear mais recente da Coreia do Norte, no domingo, dizendo que a
Rússia não reconhece seu status nuclear.
"O programa nuclear e de mísseis de Pyongyang é uma rude violação de
resoluções do Conselho de Segurança da ONU, prejudica o regime de não
proliferação e cria uma ameaça à segurança do nordeste da Ásia", disse
Putin durante entrevista coletiva.
"Ao mesmo tempo, é claro que é impossível resolver o problema da península coreana somente com sanções e pressão", acrescentou.
Nenhum progresso pode ser feito sem ferramentas políticas e diplomáticas, disse Putin.
Reuters
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