Em nota, delatores da JBS pedem desculpas por conteúdo de gravação
O site da revista "Veja" divulgou nesta terça (5) três áudios com conversas entre Saud e Joesley Batista
© REUTERS/Leonardo Benassatto
Em
nota, Joesley Batista e Ricardo Saud, executivos e delatores da JBS,
pediram desculpas pelo conteúdo dos áudios gravados e entregues à
Procuradoria-Geral da República.
"O que nós falamos não é
verdade, pedimos as mais sinceras desculpas por este ato desrespeitoso e
vergonhoso e reiteramos o nosso mais profundo respeito aos Ministros e
Ministras do Supremo Tribunal Federal, ao Procurador-Geral da República e
a todos os membros do Ministério Público", diz o texto.
O site da revista "Veja" divulgou nesta terça (5) três áudios com conversas entre Saud e Joesley Batista.
Nesses
arquivos, ouvidos pela reportagem, ambos discutem uma estratégia: "moer
o Judiciário", diz Batista, já que a "Odebrecht moeu o Legislativo".
"Ricardinho,
eles vão dissolver o Supremo. É o seguinte: eu vou entregar o Executivo
e você entrega o Zé [Eduardo Cardozo]", planeja o empresário. "Vou
ligar pra ele: 'Zé, você precisa trabalhar conosco, precisa organizar o
Supremo, véi. Quem nós temos no Supremo?"
Em outro trecho da
gravação, Joesley fala sobre a importância de Marcelo Miller,
ex-procurador da República, nos planos da JBS de fechar o acordo de
delação premiada com a PGR. O empresário via Miller como uma forma de
acesso a Rodrigo Janot.
"Esclarecemos que as referências
feitas por nós ao Excelentíssimo Senhor Procurador-Geral da República e
aos Excelentíssimos Senhores e Senhoras Ministros do Supremo Tribunal
Federal não guardam nenhuma conexão com a verdade. Não temos
conhecimento de nenhum ato ilícito cometido por nenhuma dessas
autoridades", afirma a nota.
(Folhapress)
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