19 DE SETEMBRO: DIA DE SÃO GERALDO, O PATRONO ESPECIAL DAS MÃES E DAS FAMÍLIAS
São Geraldo, por muitos católicos venerados no mundo inteiro como o patrono especial das mães e das famílias |
Geraldo nasceu em 1726 em Muro Lucano, lugar pequeno do sul da
Itália. Teve a sorte de ter uma piedosa mãe, Benedetta, que o fez
conhecer o amor infinito e misericordioso de Deus. Sentia-se feliz
porque estava junto de Deus.
Geraldo tinha doze anos quando seu pai morreu e ele se tornou assim o apoio da família.
Entrou como o aprendiz de alfaiate, onde o substituto do
professor o maltratava e chegava a bater nele. Depois de quatro
anos de aprendizagem e justamente no momento em que podia começar a
trabalhar como alfaiate, disse que ia trabalhar como criado do
bispo de Lacedônia.
Os amigos o aconselharam que não aceitasse este trabalho porque
os momentos raivosos e os maus tratos que recebiam do irascível
prelado, eles como criados, viam-se forçados a abandonar o emprego
em poucas semanas. Mas isto não foi suficiente fazer Geraldo
desistir. Durante três anos se ocupou de tudo e permaneceu aí até a
morte do bispo.
Durante muito tempo, Geraldo acreditou que assim cumpria a
vontade de Deus e por isso aceitou tudo. Os maus tratos do
alfaiate, e assim como ser considerado uma nulidade pelo bispo, não
importava nada para ele, via o sofrimento como parte integrante do
seguimento de Cristo. “Sua Excelência me quer bem”, dizia. Desde
então, Geraldo passava longas horas diante do Santíssimo Sacramento,
o mistério do Senhor crucificado e ressuscitado.
Em 1745, aos 19 anos, voltou para Muro, onde começou a exercer
por conta própria o ofício de alfaiate. O negócio ia bem, mas ele
não juntou muito dinheiro. Praticamente ele dava tudo. Punha à
parte separado o necessário para a mãe para a irmã, e o resto dava
para os pobres, ou simplesmente o usava para mandar celebrar missas
para as almas do purgatório.
Não houve uma súbita nem uma conversão espetacular em Geraldo.
Foi um processo normal e constante de um crescimento no amor de
Deus.
Na Quaresma de 1747 decide se assemelhar o mais possível a Jesus
Cristo. Entregou-se às penitências mais severas, e procurou as
humilhações passando por louco e estando contente de que os outros
se rissem dele.
Quis servir totalmente o Senhor, e pediu para ser capuchinho;
mas não foi aceito. Aos 21 anos tentou viver uma vida eremítica.
Desejava chegar a assemelhar-se inteiramente a Cristo até o ponto
de aceitar com alegria o ser protagonista da Paixão, como imagem
viva de Cristo, na Catedral de Muro.
Conheceu os redentoristas e pediu então para entrar entre eles;
mas recebeu uma recusa também por causa de seu estado precário de
saúde. Porém, continuou insistindo até que o Padre Paulo Cáfaro o
aceitou, mas isto não sem uma certa dificuldade, enviando-o para o
noviciado em Iliceto, em 1749, com um bilhete no qual dizia: “Eu
envio um irmão inútil.”
Geraldo professou em Iliceto no dia 16 de Julho 1752. Aqui
desmentiu muito depressa, por seu serviço excelente como porteiro,
alfaiate e sacristão, o prognóstico feito pelo Padre Cáfaro sobre
ele. Ganhou uma tal fama de santidade que um grande número das
pessoas ia a ele para o ter como guia espiritual na vida. Ele
recebeu logo o dom de ler nas consciências.
Entre aqueles que o apreciaram e o veneraram por sua santidade
se encontra a Venerável Maria Celeste Crostarosa. Os muitos
milagres que são atribuídos a ele, imerecidamente deram- lhe o
título de taumaturgo.
Morreu em Materdomini no dia e na hora que ele tinha predito, 16
de outubro de 1755, consumido pelas suas severidades e pela
tuberculose.
Foi beatificado por Leão XIII no dia 29 de janeiro de 1893 e canonizado por Pio X no dia 11 de dezembro de 1904.
Muitos católicos o veneram no mundo inteiro como o patrono especial das mães e das famílias.
Fonte: www.ceresp.com.br - Pe. Geraldo Rodrigues, C.Ss.R.
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