quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Assaltante nervoso dispara contra vítima

Estudante foi baleado em São Paulo após demora para entregar chave a ladrão

Crime aconteceu na na noite de terça-feira (19) próximo à praça do Pôr do Sol, em Alto de Pinheiros

Estudante foi baleado em SP após demora para entregar chave a ladrão
Lucas Espinosa, que estuda economia na Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), estava na porta de seu carro, estacionado na rua Pascoal Vita, às 20h, quando foi abordado por um criminoso, que anunciou o roubo.
O estudante chegou a entregar relógio e carteira, mas, segundo a polícia, ficou nervoso e demorou para encontrar a chave do carro. O assaltante disparou contra Lucas, que foi atingido no tórax.
O ladrão entrou em um Honda Fit que o aguardava e fugiu. O jovem foi levado pelos bombeiros ao Hospital das Clínicas, onde permanecia internado à noite, com estado de saúde estável.
Um vigia que trabalha no local há sete anos - e que pediu à reportagem para não ser identificado- ouviu o momento do crime.
"Eu estava entrando na guarita e ouvi três tiros. Passei um rádio para outro segurança, que perguntou se não foi moto. Eu sabia que era tiro. Fomos ver, e o rapaz estava lá, pedindo socorro, com a chave do carro caída ao lado dele", contou.
"De repente, o carro [que fugia] fez o retorno, parou e perguntou: 'O cara morreu? Vocês chamaram a polícia?' E foi embora quando dissemos que sim", disse a testemunha. Há câmeras de segurança na rua que podem capturar o momento do crime, segundo os vizinhos.
O vigia conta que, nos sete anos em que trabalha no local, presenciou dois assaltos a residências e outra tentativa de assalto que terminou com um motorista do Uber baleado no pescoço.
Ele próprio já ficou sob a mira de armas duas vezes em assaltos a casas, mas em empregos anteriores, em Moema (zona sul) e em Itapecerica da Serra (Grande SP).
'PASSOU DO LIMITE'
Dois policiais militares vigiavam a praça na tarde desta quarta-feira (20).
Os frequentadores aparentavam tranquilidade, apesar do crime da noite anterior e do histórico de queixas de moradores sobre a criminalidade nas imediações.
O público aumentava à medida que se aproximava o pôr do sol, atração que dá nome à praça. Com eles, chegavam também vendedores ambulantes de bebidas, e alguns frequentadores colocavam música em celulares e pequenas caixas de som.
A aglomeração noturna é motivo de atrito com moradores do entorno, que dizem ser este o motivo de avanço da criminalidade no bairro.
"A gente vinha anunciando que iria acontecer, e aconteceu. Agora a coisa passou do limite. Aqui tem sempre roubo a residência, mas criminoso armado na rua, assim, eu nunca vi", disse Maria Helena Bueno, presidente da Associação dos Amigos do Alto dos Pinheiros.
Segundo ela, o grupo se reunirá nesta quinta-feira (21) com o subprefeito de Pinheiros, Paulo Mathias, e com representantes das forças de segurança para discutir como aumentar a segurança no local. Para Bueno, o poder público deveria colocar um posto fixo de policiamento na praça.
Por pressão da associação, a praça Pôr do Sol, que tem status de parque, ganhou iluminação nova, mais baixa e forte, e tem monitoramento por câmera.
No ano passado, a gestão Fernando Haddad (PT) informou que a Secretaria Municipal do Verde desenvolveria um projeto para cercar o local, a partir da manifestação dos moradores. Mas a medida não foi para frente. 
Notícias ao Minuto com informações da Folhapress.

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