Apesar da morte do filho, Abel Braga não aceita folga e volta a treinar o Fluminense
Treinador decidiu arregaçar as mangas e ir em frente
Apesar da dor pela perda do filho caçula, João Pedro, de 19 anos, no
último sábado, Abel Braga decidiu seguir a vida, trabalhando. O clube
deixou-o à vontade para definir quando deveria voltar. Porém, Abel
preferiu juntar os cacos e seguir para o centro de treinamento, na
Barra.
Cansado, porque passou toda a noite de sábado e madrugada de domingo
velando o corpo do filho, no salão nobre das Laranjeiras, o técnico foi
aconselhado por amigos e familiares a descansar. Não aceitou. Nesta
segunda, se reunirá com a comissão técnica e assistirá a vídeos dos
jogos do fim de semana. Abel quer viajar com o time para o jogo de
quarta-feira, contra o Sport, na Ilha do Retiro, às 19h30.
Ainda arrasado e abatido pela morte do seu caçula, que despencou do
sexto andar, durante o banho, após uma crise convulsiva, Abel encontrou
força nos amigos, dirigentes e companheiros do meio do futebol. O
técnico da seleção, Tite, esteve no Fluminense durante o velório por
toda a madrugada. Saiu das Laranjeiras por volta das 5h30 somente. O
presidente do clube, Pedro Abad, também foi dos mais solidários. Assim
como o médico Michael Simoni.
Porém, nada mexeu mais com Abel do que o telefonema do preparador
físico Paulo Paixão, que o confortou no domingo. O amigo perdeu seus
dois filhos, um deles, Anderson, vítima do voo da Chapecoense, em
novembro.
Envolvido por tanto carinho, Abel decidiu arregaçar as mangas e ir em frente.
Extra
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