Suspeito transportou criança morta em carrinho de compras após estupro
O
homem suspeito de estuprar e matar a garota Carla Roberta Barbosa, de 9
anos, conhecida como Carlinha, utilizou um carrinho de compras para
transportar o corpo da menina do local do crime até o terreno onde foi
abandonado. Renato Mariano teve a prisão preventiva decretada pela Justiça após a coleta de objetos e exames técnicos feitos em São Paulo.
O suspeito está foragido, e a Secretaria de Segurança Pública oferece recompensa de R$ 50 mil por informações sobre ele.
Carla foi achada morta na noite do dia 29 de janeiro. Ela
estava com a roupa levantada, sem calcinha, e exames feitos
posteriormente pelo Instituto Médico Legal confirmaram que ela havia
sido estuprada. Pouco tempo antes do crime, câmeras de monitoramento
registraram um homem perseguindo a criança, que estava em uma bicicleta.
A
investigação foi feita pela Delegacia Especializada Antissequestro de
Santos (Deas). Em entrevista coletiva realizada na manhã desta
quinta-feira (10), o delegado responsável pela investigação, Renato
Mazagão, explicou a cronologia do crime.
Segundo o
delegado, o criminoso estuprou e matou a garota dentro do cortiço onde
ele morava. “Foram analisadas mais de 50 câmeras de monitoramento
espalhadas pela região do crime. Podemos ver a menina passando com o
cachorro para um lado e, em seguida, a mesma câmera registra apenas o
cão voltando. Neste momento, conseguimos identificar o local onde
aconteceu o estupro e começamos a elucidar o caso”, disse.
De
acordo com Mazagão, o crime aconteceu a poucos metros do cortiço onde a
menina morava com a mãe. No local, foram encontrados vestígios de
sangue e brinquedos.
“Vizinhos
disseram que Renato havia limpado a casa com cloro e fugido, mas
encontramos sangue em vários locais. Ele tinha brinquedos que,
possivelmente, eram utilizados para atrair crianças”, disse o
responsável pela investigação.
Depois
de cometer o crime, segundo a polícia, Renato roubou um carrinho de
compras que estava na rua para levar a garota ao terreno onde deixou o
corpo. “Também nas imagens, conseguimos identificar um homem com um
carrinho de compras levando travesseiros e um lençol. Em seguida, ele
passa pelo mesmo lugar com o carrinho vazio”, explicou.
O
material colhido na casa foi analisado em São Paulo junto com
evidências encontradas no dia do crime. Nos resultados, foi possível
comparar o material genético de Renato com o encontrado no corpo da
menina.
Desde
o dia do crime, Renato está desaparecido. Por isso, a Secretaria de
Segurança Pública passou a oferecer R$ 50 mil por informações que possam
levar à prisão do suspeito. “Ele pediu dinheiro emprestado para uma
empresa de coleta de lixo e sumiu”, disse Mazagão.
G1
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