Disputa tucana no jogo da sucessão nacional: Quando a criatura supera o criador na corrida
Por Heron Cid
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João Dória bateu Geraldo Alckmin e já é o melhor nome do PSDB - Foto: Aloisio Mauricio /Fotoarena/Folhapress |
Pela longevidade de sua carreira e pelos postos
que já ocupou, o governador Geraldo Alckmin tem no PSDB a precedência,
digamos assim, para disputar a Presidência da República.
Com a imagem no chão, o mineirinho senador Aécio Neves está praticamente fora do jogo da sucessão nacional, em 2018.
O adversário de Geraldo deixou de ser Aécio. Ironicamente, o seu
maior obstáculo hoje é aliado e apadrinhado político, João Dória Júnior,
prefeito de São Paulo. Eis o dinamismo da política, diria o ex-deputado
Manoel Gaudêncio.
Quando ajudou Dória a se eleger, Alckmin nem poderia imaginar que
estaria ungindo uma pedra no seu caminho e nem que em pouco tempo o
prefeito prospectaria um lugar no debate presidencial.
Mas esta é a realidade posta dentro do tucanato brasileiro.
Imprimindo um novo estilo político, mais dinâmico, com parcerias
público-privadas, com coragem para enfrentar temas delicados da cidade,
sem perder a capacidade de ouvir e dotado do dom da comunicação fácil, o
prefeito – capa da Istoé desta semana – ganhou seu lugar ao sol na cena
nacional.
A julgar pelo figurino mais adequado para a disputa no momento, Dória
– com seu tom mais afirmativo e incisivo contra Lula e “a favor do
Brasil” -, bem em vogas no momento, já bateu internamente o insosso
Alckmin.
O PSDB pode até nem ter visto isso ainda. Ou – pelas idiossincrasias
internas – finge não ver. Mas o Brasil e o eleitor já enxergaram.
MaisPB
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