Após crítica de desembargador por roupa, advogada se diz: ‘Constrangida’
A advogada Pamela Helena de Oliveira foi criticada
pelo desembargador Eugênio José Cesário Rosa por causa da roupa que
estava usando para realizar uma sustentação oral em ação trabalhista de
um cliente. “A senhora vem a tribuna fazer uma sustentação oral usando
uma camiseta!?”, afirmou o magistrado.
O caso aconteceu na manhã da última quinta-feira (17), em Goiânia.
Ela vestia um macacão roxo e afirma que nunca havia passado por esse
tipo de situação (assista abaixo ao vídeo).
— Foi a primeira vez que aconteceu e me causou muita surpresa e indignação. Eu fiquei estarrecida com o ocorrido.
O desembargador diz, em frente a todos os advogados presentes no
local, que ela não estava vestida de acordo com o regimento da casa e,
por isso, não iria ouvir a sustentação que ela se propunha a fazer. Ela
alega que estava vestida de acordo com as regras.
— O regimento interno do tribunal de Goiânia prevê que eu use a beca e não um terninho ou tailleur.
O desembargador deixou a sala de audiência. Pamela afirma que, em
respeito ao cliente, decidiu colocar um terninho que foi emprestado por
outra advogada presente na sala para que pudesse realizar a sustentação.
O desembargador foi convencido a voltar e escutar a advogada.
— Eu me senti constrangida, envergonhada. A sala de audiência estava lotada.
Pamela afirma que fará uma reclamação na OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
— Eu vou fazer uma representação formal na OAB e ver quais as medidas
cabíveis no CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Também vou estudar a
viabilidade de uma indenização por danos morais.
Em nota ao Jornal da Record, o Tribunal Regional do Trabalho em Goiás
lamentou o ocorrido. Até a publicação desta reportagem, o R7 não havia
conseguido contato com o desembargador Cesário Rosa.
R7
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