Juntos há sete anos, transgênero e parceiro esperam 1º filho biológico, nos Estados Unidos
Juntos
há sete anos, Trystan Reese e seu parceiro, Biff Chaplow, esperam o
nascimento do primeiro filho biológico neste mês de julho, em Oregon,
nos Estados Unidos. O que chama a atenção da imprensa internacional é
que Trystan, de 34 anos, é transgênero.
“Eu
tive sorte. Apesar da queimação no estômago, tudo está bem”, afirmou ao
jornal francês “Paris Match”. Ele não revelou o nome do bebê, um
menino, que deve nascer em breve.
Trystan
contou que estava no ensino médio quando iniciou a transição. Ele
decidiu mudar de nome e começou a tomar hormônios. “Eu dizia que eu era
um homossexual em um corpo de mulher. Eu comecei a tomar testosterona e
meu corpo começou a mudar. Emocionalmente foi muito difícil, mas em seis
meses eu era um homem”, afirmou.
Ele
ressalta que nunca quis ter um corpo exatamente igual ao do parceiro e,
por isso, não fez a cirurgia para redesignação do órgão sexual. “Eu
nunca quis que o meu corpo não fosse um corpo de transexual. Eu estou
bem sendo um homem que tem útero, que tem a capacidade de ter um bebê”,
afirma no vídeo postado no Facebook do casal e reproduzido pela rede
americana CNN.
Trystan
afirma no vídeo estar satisfeito com as modificações. “Eu acho que meu
corpo é impressionante. Eu sinto que é um presente ter nascido com o
corpo que tinha. Eu fiz as mudanças necessárias para que eu pudesse
continuar vivendo nele, através de hormônios e de outras modificações “,
afirmou.
Maternidade
O
casal já tem um casal de filhos, que foram adotados em 2011, porém
decidiram ter um filho biológico. Trystan afirma que aceitar sua
condição o permitiu encarar com naturalidade a gravidez. “Eu sou
feminista. Eu penso que mulheres são impressionantes. Eu não acho ruim
ser uma mulher. Só não aconteceu de ser [por fora] como eu era por
dentro. Por isso, é ok entrar nesse sagrado mundo da maternidade. E isso
não me faz sentir menos homem. Eu só sou um homem capaz de ter um bebê e
eu decidi fazer isso”, declarou.
Trystan
parou de tomar testosterona por alguns meses para preparar seu corpo.
Depois de cinco meses, descobriu que estava grávido.
Eles
contam que a equipe médica passou por treinamento para acompanhar o
casal. Porém, as críticas acontecem principalmente pela internet.
“Por
trás do anonimato, as pessoas se sentem empoderadas para dizer o que
deveria acontecer conosco, com os nossos filhos, com a nossa família. A
razão pela qual você decide ter um filho é querer ver mais amor no mundo
e lembrando quão difícil será. É duro”, afirma.
G1

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