Ministério Público prorroga por mais seis meses força-tarefa da Operação Lava Jato no Rio
O
Conselho Superior do Ministério Público Federal prorrogou nesta
terça-feira (25), por mais 6 meses, a duração da força-tarefa de
procuradores da República que atuam na Operação Lava Jato no Rio de
Janeiro.
Com
a medida, uma equipe de procuradores continuará dedicada exclusivamente
às investigações em território fluminense dos casos de corrupção
revelados a partir da Lava Jato. A operação foi deflagrada em Curitiba,
em março de 2014, mas se espalhou pelo país na medida em que as
investigações avançaram.
Os
principais focos do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro são as
irregularidades cometidas na Eletronuclear e a corrupção que movimentou
a administração do ex-governador Sérgio Cabral (PMDB).
A
prorrogação dos trabalhos manterá os procuradores Eduardo Gomes, José
Augusto Simões, Rodrigo Timóteo da Silva, Rafael dos Santos e Sérgio
Dias à frente das investigações da Lava Jato no estado.
Boas-vindas
Na
abertura da sessão desta terça do Conselho Superior do Ministério
Público, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, parabenizou a
subprocuradora Raquel Dodge, que foi indicada pelo presidente Michel
Temer para sucedê-lo na chefia da Procuradoria Geral da República.
Em sua fala, Janot disse que atuará para uma transição “clara”, que permita a continuidade dos trabalhos no Ministério Público.
Após
ser sabatinada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado em 12
de julho, Raquel Dodge teve seu nome aprovado pelo plenário principal da
Casa.
A futura procuradora-geral da República assumirá comando da PGR em setembro, quando termina o mandato de Janot.
Primeira
mulher à frente do Ministério Público, ela vai herdar do antecessor a
condução das investigações da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal
Federal (STF), que investiga políticos com foro privilegiado.
Na
fala dirigida a Raquel Dodge, Janot disse ainda que tem “as melhores
expectativas” com relação ao trabalho da nova procuradora-geral.
“Gostaria
de parabenizar colega Raquel Dodge pela indicação ao cargo de
procuradora-geral da República. Será a primeira mulher a comandar o
Ministério Público. Temos as melhores expectativas, conhecemos o
trabalho e desejamos todo sucesso para o mandato que se inicia em 18 de
setembro. Quero reafirmar que a Procuradoria Geral da República se põe à
disposição da nova administração para transição mais clara, objetiva e
que permita a continuidade dos trabalhos do Ministério Público Federal”,
afirmou Janot.
G1
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