Quase 90% das prisões por porte ilegal de arma são revogadas no Estado da Paraíba
Imagem ilustrativa |
No primeiro semestre desse ano, cerca de 1.330 armas de fogo foram retiradas das ruas pela Polícia Militar (PM). A apreensão feita pela PM representa mais de 75% das armas que foram resgatadas nesse mesmo tempo na Paraíba, no entanto, autoridades criticam a legislação “branda” e falam em “trabalho de enxugar gelo”, levando em consideração que quase 90% das pessoas presas por porte ilegal de arma não permanecem detidas.
De acordo com o Comandante da Região Metropolitana, coronel Lívio
Delgado, o trabalho da PM acontece por abordagens, investigações ou
operações. Algumas apreensões são realizadas através de ações integradas
entre a Polícia Civil e Militar.
Também há casos onde a PM faz diligência em casa de criminosos que
estão detidos, e acabam localizando armas. Porém, na maioria dos casos, a
ação é preventiva. Ainda assim, o problema está longe de acabar.
“É um trabalho de enxugar gelo”, desabafou o coronel Lívio Delgado.
Isso porque, segundo ele, 90% das pessoas que são encontradas portando
ilegalmente uma arma de fogo, logo são liberadas.
De acordo com o coronel, a única possibilidade de o infrator
permanecer preso é se o calibre for de uso restrito das forças de
segurança, como a Ponto 40 e 9mm. E mesmo nessas situações, dificilmente
a prisão acontece.
“Quando ele fica detido, na audiência de custódia o juiz determina se
ele vai ser conduzido para o presídio ou não. Normalmente, ele também é
liberado” , contou Lívio. A insatisfação é difícil de esconder. “Isso
incomoda a gente porque leva a certeza da impunidade”.
A solução, segundo Lívio, seria endurecer as leis. Para isso, já está
sendo dado alguns passos. A Polícia Militar tem feito um planejamento
estratégico nos bastidores, para que chegue às demais autoridades, e uma
ação seja tomada quanto a punição dos infratores.
MaisPB
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