Ativista político joga torta no rosto de líder esquerdista alemã Sahra Wagenknecht
Deputada alemã Sahra Wagenknecht é uma das líderes da principal força opositora no Parlamento alemão - Foto: EFE |
Um ativista infiltrado no congresso
nacional do partido A Esquerda jogou neste sábado (28/05) uma torta de
chocolate no rosto da deputada alemã Sahra Wagenknecht, uma das líderes
da principal força opositora no Bundestag (Parlamento alemão).
Wagenknecht, líder da bancada esquerdista, ficou com o rosto
completamente coberto de creme. Ela foi socorrida pelo vice-líder da
bancada parlamentar dos esquerdistas, Dietmar Bartsch, e pela
copresidente do partido Katja Kipping.
O ataque inusitado ocorreu durante o discurso inaugural do congresso,
realizado na cidade de Magdeburg, no leste alemão, e foi reivindicado
por uma autodenominada iniciativa antifascista.
O grupo distribuiu panfletos com a expressão “Tortas para
misantropos”, nos quais reprova declarações de Wagenknecht sobre
refugiados e a compara a Beatrix von Storch, uma polêmica política do
partido anti-imigração Alternativa para a Alemanha (AfD) que sofreu um
ataque similar durante uma reunião de seu partido em fevereiro.
Wagenknecht foi criticada por membros do próprio partido por ter
afirmado que a Alemanha não pode receber todos os refugiados. “Claro que
existe um limite. A Alemanha não tem como comportar mais 1 milhão de
refugiados”, afirmou, no início do ano, gerando críticas da bancada de A
Esquerda e da liderança do partido. Em 2015, a Alemanha acolheu mais de
1 milhão de solicitantes de refúgio.
Um porta-voz de A Esquerda disse que o partido apresentou queixa
contra uma mulher e um homem que aparentemente se inscreveram para o
congresso como jornalistas. “Este não foi só um ataque a Sahra, foi um
ataque a todos nós”, lamentou o vice-presidente do partido, Bernd
Riexinger, que condenou o ocorrido e apontou o compromisso de
Wagenknecht “contra a discriminação e o racismo”.
Wagenknecht disse que o pior não foi a torta no rosto, mas ser
comparada com Von Storch. Ela disse que se tratou de uma ação de
“analfabetos políticos”.
Terra
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