Caravanas invadem Curitiba para participar da 'Jornada de Lutas" de apoio a Lula
Diversas lideranças políticas e parlamentares participarão dos atos
A decisão da juíza Diele Zydak de proibir manifestações em Curitiba
nesta terça e quarta-feira 10, quando ocorre o depoimento do
ex-presidente Lula ao juiz Sergio Moro na cidade, parece só ter elevado o
número de caravanas que chegam e barracas que começam a ser montadas na
região.
A chamada 'Jornada de Lutas pela Democracia', que pede "Um Brasil Justo
para Todos e para Lula", começou cedo, com um acampamento do Movimento
dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), aberto para manifestantes de
todos os lugares do Brasil.
Cerca de 1.500 trabalhadores se concentram num ato na BR-277, no
monumento criado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, onde, há 17 anos, o
sem-terra Antônio Tavares Pereira foi morto pela Polícia Militar.
Segundo informações do Jornalistas Livres, a PM "já apareceu no início
para intimidar os acampantes". Ao chegar em Curitiba, dezenas de ônibus
também foram barrados para averiguação pela PM do Paraná, informou a
Mídia Ninja.
De acordo com a Frente Brasil Popular, que tem organizado as
manifestações, as caravanas que estão a caminho de Curitiba para
participar da jornada "devem se dirigir ao centro da cidade, no final da
rua Getúlio Vargas, em um terreno que fica entre a Ferro-rodoviária e o
estádio do Paraná Clube".
O juiz Sergio Moro, que no último sábado divulgou um vídeo pedindo que
os apoiadores da Lava Jato não se manifestem nesse período em Curitiba,
ontem durante um evento na cidade disse que era melhor que se tivesse um
"jogo de torcida única" durante o depoimento, e não "um confronto, uma
guerra".
Diversas lideranças políticas e parlamentares participarão dos atos.
Nesta terça, o ex-ministro Gilberto Carvalho convocou manifestantes a
participar de uma "festa democrática" e assegurou que não haverá
baderna. Dilma também irá acompanhar o depoimento de Lula, devendo
chegar à capital paranaense na quarta de manhã e ir embora no mesmo dia.

Brasil 247
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