Donald Trump diz que “ficaria honrado” em conhecer Kim Jong-un
Segundo o presidente dos Estados Unidos, o encontro poderia acontecer “sob as circunstâncias certas”
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O presidente dos EUA, Donald Trump, durante discurso na Casa Branca - (Jonathan Ernst/Reuters) |
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump afirmou nesta segunda-feira que “ficaria honrado” em conhecer o ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un,
“sob as circunstâncias corretas”. A declaração do líder americano
acontece em meio a uma escalada de tensão entre os dois países nos
últimos meses.
“A maioria dos políticos nunca diria isso”, afirmou Trump sobre sua disposição em realizar o encontro inesperado. “Mas eu digo que, sob as circunstâncias certas, eu me encontraria com ele”, completou em entrevista à agência de notícias americana Bloomberg.
“A maioria dos políticos nunca diria isso”, afirmou Trump sobre sua disposição em realizar o encontro inesperado. “Mas eu digo que, sob as circunstâncias certas, eu me encontraria com ele”, completou em entrevista à agência de notícias americana Bloomberg.
Os Estados Unidos não têm quaisquer relações diplomáticas
com a Coreia do Norte. Na semana passada, o secretário de Estado
americano Rex Tillerson afirmou que seu país pretende
negociar com o regime de Kim Jong-un caso o país tome medidas
significativas e verdadeiras para acabar com seus programas de armas
nucleares e testes com mísseis balísticos.
Questionado sobre os comentários de Trump, o secretário de imprensa da Casa Branca, Sean Spicer,
disse a repórteres que “claramente não existem condições certas agora”
para um encontro e que a Coreia do Norte precisa parar com suas
provocações antes que qualquer tipo de relação seja estabelecida.
A Coreia do Norte tornou-se a ameaça de segurança nacional
mais urgente dos EUA e foi uma das mais importantes questões de política
externa enfrentada por Trump em seus primeiros 100 dias na presidência. O regime de Kim continua desenvolvendo seu programa nuclear e intercontinental de mísseis balísticos, desafiando as instituições internacionais e as sanções.
Analistas militares acreditam que a Coreia do Norte possa estar desenvolvendo um míssil balístico nuclear de ponta que poderia chegar ao continente americano em 2020, ainda durante o mandato de Trump.
Entrevista interrompida
Durante outra entrevista concedida por Donald Trump nesta segunda, o presidente interrompeu o jornalista da emissora americana CBS e
pediu que ele saísse da sala após se irritar com as perguntas
repetidas feitas pelo repórter. John Dickerson questionou duramente o
republicano sobre suas acusações infundadas sobre o uso de escutas
telefônicas em seu escritório pelo governo de Barack Obama.
Trump, visivelmente incomodado, não quis entrar em detalhes
sobre que tipo de provas tem contra o ex-presidente para sustentar
sua acusação de espionagem ilegal durante a campanha eleitoral de
2016. “Acredito que nossa versão ficou provada com força e todo o mundo
fala dela”, afirmou o presidente na entrevista concedida na Casa Branca.
O jornalista da CBS News pediu então a Trump que se
explicasse: “O que quer dizer? Eu digo porque o senhor não quer ser
notícia falsa (…). Quero saber sua opinião (sobre a suposta espionagem);
o senhor é o presidente dos EUA”. “É o suficiente”, concluiu Trump, que
imediatamente se sentou em sua mesa do Salão Oval para revisar alguns
papéis, deixando o entrevistador falando sozinho.
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