Aposentado é condenado a 105 anos de prisão por pedofilia e estupro
O homem está preso há um ano, após ser pego em flagrante na casa dele em maio de 2016

Um aposentado acusado de crimes relacionados à exploração sexual
infantil foi condenado a mais de 105 anos de prisão. Ele foi alvo de
denúncia do Ministério Público Federal (MPF) em Santos, no litoral
paulista. O homem está preso há um ano, após ser pego em flagrante na
casa dele em maio de 2016, e deve permanecer na cadeia. Durante o
mandato de busca e apreensão, os agentes da Polícia Federal encontraram
milhares de arquivos digitais que compraram a prática criminosa de
estupro e pedofilia.
Entre os materiais apreendidos, estavam imagens da criança vítima dos
atos sexuais do aposentado. De acordo com o MPF, ela sofreu abusos dos 2
aos 6 anos de idade. Após perícia, constatou-se que fotos e vídeos
mostravam o réu tocando as partes íntimas da menina e insinuando
penetrá-la. Ele era uma pessoa de confiança da família e a mãe costumava
deixá-la sob os cuidados dele. O homem admitiu a prática de abuso
sexual ao menos uma vez por mês durante quatro anos.
Os mais de 100 anos de prisão equivalem à soma de 12 condenações.
Quatro delas referem-se aos episódios comprovados de estupro da criança e
seis aos registros em foto e vídeo. Ele também foi considerado culpado
pelo armazenamento e distribuição de imagens de pedofilia em sites de
internet. Foi dessa forma que os investigadores chegaram ao réu: uma
comunicação formal de órgãos internacionais informou que houve
compartilhamento de pornografia infantil a partir do ponto de acesso à
internet utilizado por ele em 2014.
Ele mantinha, segundo a investigação, contas em endereços da web para
visualizar e divulgar o material. Uma parte desse conteúdo ele recebia
de outros usuários por e-mail. “Os peritos localizaram mais de 35 mil
arquivos desse tipo salvos nos equipamentos apreendidos, além de
recuperar outros 10 mil que haviam sido deletados”, diz a nota do órgão.
A investigação revelou ainda indícios de que o réu já havia abusado de
outras vítimas menores de idade.
Prioridade
Os investigadores apontam que o homem “procurava distraí-la com
passeios, brinquedos e doces para cometer os crimes”. “Estuprar e
registrar imagens e cenas de uma vítima vulnerável de 13 anos já seria
odioso e absurdamente reprovável. O caso dos autos revela perversidade
ainda maior, pois a vítima vinha sendo estuprada e fotografada desde os 2
anos de idade”, diz texto do MPF que pedia à Justiça Federal penas
elevadas para caso, o que foi acolhido na sentença.
De acordo com o MPF, a sentença reflete a articulação do órgão para
coibir a pornografia infantil, que foi definida como prioridade
nacional. "É objeto de trabalho constante em conjunto com a Polícia
Federal e órgão nacionais e internacionais de proteção a crianças e
adolescentes", ressaltou a Procuradoria da República em Santos. Com
informações da Agência Brasil.
Notícias ao Minuto
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