O BRASIL VAI CONHECER MAIS UM MEGA ESCÂNDALO DE CORRUPÇÃO, O “PORTOLÃO”
O principal denunciante do ‘Portolão’ –
escândalo que aponta indícios de corrupção no Porto do Açu, em São João a
Barra -, diz que vai apontar um suposto esquema de contratação de
empresas para beneficiar políticos da região. As empresas em nome de
parentes e pessoas próximas aos políticos seriam contratadas por meio de
licitações forjadas. O porto atualmente é operado pela Prumo Logística.
Todas, segundo ele, constam como
fornecedoras do porto, atuando em diferentes ramos, que vai da
segurança, construção civil, aluguel de carros a hotelaria. Os relatos
são do ex-funcionário da Tracomal, J.V., de 34 anos, identificado apenas
pelas primeiras iniciais do seu nome, por medida de segurança.
Os relatos aumentam as suspeitas sobre o
empreendimento que chegou a ser cultuado pela propaganda oficial como
maior Complexo Industrial Portuário da América Latina, com financiamento
de R$ 8,8 bilhões do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES). A suspeita é de que os recursos do banco de fomento
tenham sido empregados numa série de atividades fraudulentas. “São
políticos com fortes ligações com o porto. Eles indicaram as empresas e
não será difícil comprovar que foram beneficiados diretamente”, declarou
o ex-funcionário.
O uso de recursos do BNDES nas obras do
Porto do Açu leva às investigações das denúncias sobre este suposto
escândalo para a esfera federal. O ex-funcionário da Tracomal diz que
está disposto a colaborar com uma eventual investigação da Polícia
Federal e do Ministério Público Federal desde que tenha garantia de
vida.
Atualmente ele mudou a rotina para
evitar eventuais represálias. J.V. fica em lugares alternados e sempre
muda a rotina do seu percurso.
Os investidores do porto são conhecidos
no Açu pela forma truculenta no trato com a comunidade. As propriedades,
terras desapropriadas e entregues ao grupo privado são vigiadas por
homens armados.
Os proprietários desalojados são
impedidos de entrar até mesmo para resgatar animais perdidos. “Quero
cooperar com as autoridades, mas preciso ter total garantia de que nada
vai me acontecer”, disse J.V., que também já denunciou indício de
irregularidades na compra da Pedreira Sapucaia.
Fonte: NBO
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