A delação de Palocci é um terremoto à vista e, junto com Renato Duque, pode detonar PT de vez
O ex-ministro dos governos Lula e Dilma Rousseff está disposto a contar tudo o que sabe
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Antonio Palocci, preso há 214 dias - (Vagner Rosário/VEJA) |
O ex-ministro Antonio Palocci está disposto a detonar de vez o PT. Junto com Renato Duque, ex-diretor da Petrobras, Palocci negocia um acordo de delação premiada
no qual pretende revelar como as propinas originadas do esquema de
corrupção na estatal abasteceram as campanhas do partido e o bolso do
ex-presidente Lula. Na próxima sexta-feira, 5 de maio,
Duque deverá prestar depoimento ao juiz Sergio Moro – e dar uma amostra
das revelações explosivas que estão por vir. Para o PT, os segredos de
Palocci e Duque certamente causarão mais estragos que as acusações
feitas pelo ex-líder do governo no Senado Delcidio do Amaral, que acusou
Lula e Dilma de obstrução da Lava-Jato.
O temor inspirado pela delação de Palocci também deixado o
meio econômico de cabelo em pé. O ex-ministro da Fazenda, que chegou a
despontar como a melhor possibilidade presidencial para substituir Lula,
tinha um bom trânsito entre empresários e banqueiros. Quando deixou o
governo, em função das revelações de que o seu patrimônio se
multiplicara inexplicavelmente, Palocci passou a prestar consultorias
para diversas companhias, ganhando uma fortuna, embora não se saiba a
natureza dos serviços oferecidos aos seus clientes.
Veja
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