Pros se vendeu a campanha de Dilma: ‘Sete milhões não é dinheiro demais?’
Dirigentes do Pros confirmam delação premiada da Odebrecht e admitem que o partido se vendeu à campanha de Dilma – mas não, a história não acaba aí
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“ONÇA” - Euripedes Junior (à dir.) e o helicóptero do Pros: política, negócios e fortuna - (Divulgação) |
Durante a campanha de reeleição da ex-presidente Dilma Rousseff, a Odebrecht recebeu um pedido dos petistas para que a empresa comprasse cinco partidos: PP, PDT, PCdoB, PRB e Pros receberiam cada um 7 milhões de reais
em troca de seu tempo de propaganda política no rádio e na TV. Somando
tudo, a campanha de Dilma ganharia três minutos e dezenove segundos a
mais de exposição no horário eleitoral. Alexandrino Alencar, executivo
da Odebrecht destacado para cuidar do negócio, revelou os detalhes da
negociata em um depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral. Contou que
ficou encarregado de pagar três desses cinco partidos: Pros, PRB e
PCdoB. E assim foi feito, com dinheiro do departamento de propina da
empreiteira. Os partidos — todos eles — negam envolvimento nesse crime
eleitoral. Mas Alexandrino revelou um fio da meada: disse que, no caso
do Pros, 500 000 reais foram entregues ao então
deputado Salvador Zimbaldi, a pedido de Euripedes Junior, o presidente
do partido. “Na época, comentei com o próprio Junior: ‘Junior, 7
milhões não é dinheiro demais?’ Ele falou: ‘É pouco, vale 50 milhões'”,
lembra Henrique José Pinto, presidente de honra do Pros, que conta ter
ouvido de Euripedes Junior que a Odebrecht estava por trás do negócio.
Veja
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