Operação Malote cumpre 80 mandados de prisão contra traficantes de drogas
A quadrilha atuava há dois anos, período em que foram apreendidas 39 toneladas de maconha e 160 quilos de cocaína
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Operação Malote da Polícia Federal - (Foto: Walla Santos) |
Um grupo de narcotraficantes especializados em trazer
grandes carregamentos de drogas para o Brasil é alvo da Operação Malote,
da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta sexta-feira (28). Em cinco
estados estão sendo cumpridos mais de 80 mandados judiciais.
Sediada em Umuarama, no noroeste do Paraná, a quadrilha tinha
ramificações em Mato Grosso do Sul e, segundo a PF, fornecia drogas para
São Paulo, Rio de Janeiro e estados da Região Nordeste.
A quadrilha atuava há dois anos, período em que foram apreendidas 39
toneladas de maconha e 160 quilos de cocaína. Ao longo da investigação,
em novembro de 2015, a PF também conseguiu fazer, em Porto Camargo, no
noroeste do estado, a maior apreensão de maconha já registrada no
Brasil. À época 24,5 toneladas foram encontradas às margens do Lago de
Itaipu. Os agentes prenderam 21 pessoas.
WhatsApp
Durante as investigações, a PF descobriu que o grupo criminoso se
comunicava por mensagens trocadas no WhatsApp, e solicitou à Justiça
Federal de Umuarama dados dessas conversas. A Justiça autorizou o
monitoramento e determinou que o WhatsApp repasse os dados solicitados.
Apesar disso, segundo a PF, as ordens judiciais não foram cumpridas e a
empresa foi multada diariamente. As multas dadas ao WhatsApp no Brasil
já acumulam o valor de R$ 2,1 bilhões.
Com o apoio da Receita Federal, que identificou o patrimônio da
quadrilha, os bens foram bloqueados pela Justiça. No total, 49 equipes
da PF participaram da operação, incluindo a Coordenação de Aviação
Operacional de Brasília.
Punição
Se condenados, os investigados devem responder por crimes ligados à
Lei Antidrogas e à Lei de Combate ao Crime Organizado, além de corrupção
ativa e passiva. As penas podem ser superiores a 40 anos de prisão.
ClickPB com Agência Brasil
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