Lava Jato: Advocacia-Geral da União pede na Justiça ressarcimento de R$ 11,3 bi

A
Advocacia-Geral da União (AGU) ingressou hoje (25) com nova ação de
improbidade administrativa contra 13 empresas e sete pessoas físicas
investigadas pela Operação Lava Jato para que elas sejam condenadas a
devolver aos cofres públicos o montante de R$ 11,3 bilhões. A ação,
protocolada na Justiça Federal no Paraná, tem como alvo as construtoras
Odebrecht, Camargo Correa, OAS, Galvão, UTC e Engevix. Também estão
incluídos os ex-dirigentes da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato
Duque e Pedro Barusco e executivos das empreiteiras, como o
ex-presidente do grupo Odebrecht Marcelo Odebrecht.
Esta é a sexta ação do tipo ajuizada pela AGU contra investigados na
Lava Jato. Somando todos os processos, a AGU cobra o pagamento de mais
de R$ 40 bilhões. Para a Advocacia da União, os citados devem reparar,
na medida das respectivas participações no esquema criminoso, os danos
causados à Petrobras. O órgão argumenta que as irregularidades “estão
comprovadas por um vasto conjunto de provas oriundas de processos e
sentenças criminais e de auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU)
e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade)”.
De acordo com a AGU, a nova ação foi formulada após fraude constatada em
19 contratos que somam R$ 16,7 bilhões, referentes a licitações para
realização de obras em 10 empreendimentos da Petrobras. A lista inclui o
Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), plataformas
marítimas, gasodutos, refinarias e terminais.
“Como o TCU calculou que o prejuízo médio causado pela atuação do cartel
nas licitações da estatal era de 17% do valor dos contratos, a AGU pede
o ressarcimento de R$ 2,8 bilhões, além do pagamento de multa
equivalente a três vezes o valor do dano (R$ 8,5 bilhões), totalizando
os R$ 11,3 bilhões”, diz trecho de nota divulgada pelo órgão.
Caso a Justiça não concorde com os valores apresentados, a AGU pede na
ação que os contratos sejam anulados e as empresas devolvam o valor
integral que receberam para realizar as obras, abatidos apenas os custos
que comprovarem efetivamente ter tido com os empreendimentos.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário