Oito mortes que sepultam a verdade sobre o assassinato do prefeito Celso Daniel
Todas as mortes do caso Celso Daniel. Além do ex-prefeito de Santo
André, assassinado em janeiro de 2002, sete homens ligados ao caso
morreram.
Acusado de encomendar a morte do
ex-prefeito de Santo André Celso Daniel, Sérgio Gomes da Silva, o
Sombra, morreu na terça-feira após uma longa batalha contra o câncer.
Assim que a notícia veio à tona, teorias da conspiração começaram a
surgir nas redes sociais levantando dúvidas sobre a causa da morte.
Sombra estava internado há cinco dias e se tratava de uma grave doença –
nada há de misterioso, portanto, em sua morte. Mas, como em um romance
policial, o crime contra Celso Daniel foi de fato seguido por outras
sete estranhas mortes que podem ter relação com o caso.
Carlos Delmonte Printes
Médico legista que emitiu o laudo
identificando sinais de tortura no corpo do prefeito, afirmando que
Celso Daniel foi embalsamado – o que possibilitaria uma autópsia
posterior – e que a real data da morte foi em 19 de janeiro. Printes foi
encontrado morto em seu escritório, em outubro de 2005. A Polícia Civil
concluiu que o médico cometeu suicídio por causa do fim de seu
casamento, ingerindo medicamentos que interromperam sua respiração.
Dionísio Aquino Severo
– Líder da quadrilha da Favela Pantanal,
foi resgatado por um helicóptero do Presídio Parada Neto, em Guarulhos
(SP), dois dias antes do sequestro de Celso Daniel, do qual participou.
Foi preso três meses após o crime e afirmou á polícia que tinha
revelações a fazer. Antes de contar o que sabia, foi encontrado morto no
Presídio do Belém, em São Paulo. Aílton Freitas, um dos presos que
fugiram com ele, disse em depoimento que Dionísio havia sido resgatado
para cumprir a tarefa de “queima de arquivo” de um “peixe grande” e que o
empresário Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra” seria o mandante do crime.
Sérgio ‘Orelha’
– Escondeu Dionísio quando ele fugiu do presídio de Guarulhos. Foi morto a tiros em novembro do mesmo ano.
Otávio Mercier
–
Investigador da Polícia Civil que procurava Dionísio após a fuga e
conversou com ele pelo telefone às vésperas do sequestro de Celso
Daniel. Foi encontrado morto em casa também com marcas de tiros.
Antonio Palácio de Oliveira
– Garçom que serviu o último jantar do prefeito, em uma churrascaria na
região central de São Paulo, do qual Celso Daniel saía com Sombra
quando foi sequestrado. Morreu ao chocar a moto contra um poste quando
era perseguido por dois homens.
Paulo Henrique Brito
– Testemunha do acidente do garçom, foi morto 20 dias depois.
Iran Moraes Redua
–
Agente funerário que reconheceu o corpo de Celso Daniel em uma estrada
de terra em Juquitiba, a 78 quilômetros de São Paulo. Foi morto a tiros
em novembro de 2004.
Jornal do País
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