Diretor de presídio acusado de receber dinheiro de facção é exonerado no Amazonas
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| Veículos do IML de Amazonas levam corpos de detentos mortos durante massacre na penitenciária – JAIR ARAUJO / AFP |
O
governo do Estado do Amazonas anunciou nesta terça-feira (10) a
exoneração do diretor interino do Compaj (Complexo Penitenciário Anísio
Jobim) José Carvalho da Silva, acusado por dois presos que morreram no
massacre do último dia 1º de receber dinheiro da facção criminosa FDN
(Família do Norte) para facilitar a entrada de drogas, armas e telefones
celulares na penitenciária. As denúncias foram feitas por meio de duas
cartas enviadas à Justiça do Amazonas no dia 14 de dezembro, 18 dias
antes da rebelião ocorrida em Manaus.
As cartas que denunciaram
José Carvalho foram escritas por dois presidiários mortos durante a
rebelião do dia 1º de janeiro: Gezildo Nunes da Silva e Alciney Gomes da
Silveira.
Nelas, os detentos diziam estarem sendo vítimas de
perseguição por parte de José Carvalho porque o diretor saberia que
alguns detentos conheciam a sua suposta ligação com a FDN.
“Querem
nos tirar [da ala segura do presídio] só pelo fato de nós internos
sabemos (sic) que eles são corrupto e recebem dinheiro da facção FDN,
facilitando a entrada de armas, drogas, celulares”, diz um trecho da
carta.
Em nota, a SEAP (Secretaria de Estado de Administração
Penitenciária) do Amazonas informou que abriu uma sindicância para
apurar a as acusações contra José Carvalho.
Desde o início do ano,
o sistema prisional do Amazonas vive uma crise após uma série de
rebeliões que resultaram na morte de pelo menos 60 presos. As mortes,
segundo investigações preliminares, teriam sido praticadas por
integrantes da FDN com o objetivo de eliminar rivais do PCC (Primeiro
Comando da Capital).
UOL

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