O governo teme que a guerra de facções passe da matança em presídios para ataques a alvos civis
O Gabinete de Segurança Institucional, comandado pelo General Sérgio
Etchegoyen estima que circulem na rota amazônica de tráfico cerca de 20
mil armas, a maioria fuzis revendidos a facções brasileiras por
dissidentes das Farc. Esses guerrilheiros também atuam como “soldados”
do tráfico no Brasil após o desmantelamento da organização colombiana.
O problema dos presídios deixou de ser de segurança pública para se
transformar, em uma semana, numa ameaça à segurança nacional. Esta foi a
conclusão que dois ministros envolvidos com a crise enunciaram à coluna
ao longo dos últimos dias. A informação é de Vera Magalhães no jornal O
Estado de São Paulo.
O combate à guerra de facções não é simples nem imediato, por vários
fatores: depende de uma atuação conjunta com os Estados, esbarra na
falta de recursos, necessita de colaboração dos países vizinhos
produtores de drogas.
Além disso, as investigações sobre facções criminosas como o PCC e o
Comando Vermelho não podem se valer do instituto da delação premiada,
como se vê na Lava Jato — pelo simples fato de que colaborações
judiciais no crime organizado são pagas com a vida do delator e da
família.
Para combater os grupos, uma das principais ações do Plano Nacional
de Segurança, que passou meio despercebida na divulgação, é o uso da
rede LAB, de laboratórios interligados da PF e do Ministério Público
Federal, para rastrear o financiamento e a lavagem de dinheiro das
facções criminosas que comandam tráfico de drogas e armas no País. É o
mesmo esquema que vem sendo usado, com sucesso, no combate à corrupção.
Além disso, serão assinados novos acordos de cooperação com os países
vizinhos, nos moldes do que foi feito com a Bolívia. O próximo será a
ampliação do escopo do tratado com o Paraguai.
Fonte: cristalvox
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