Por medo de ataques terroristas, França reforça segurança para noite de Ano Novo
O
governo da França vai mobilizar 96 mil efetivos entre policiais,
gendarmes e militares para garantir a segurança das festas de Ano Novo,
informou nesta sexta-feira (30) o ministro do Interior, Bruno Le Roux.
“Foram
mobilizados 96 mil efetivos”, sobretudo em missões de prevenção, mas
também de vigilância nas estradas para evitar as infrações no trânsito,
afirmou Le Roux durante uma viagem ao departamento de Sena Marítimo, no
noroeste do país.
Segundo os primeiros números divulgados, o
dispositivo de segurança da última noite do ano estará composto por
52.600 policiais, 36 mil gendarmes e 7 mil militares da missão
Sentinelle, que patrulham as ruas, instituições sensíveis e centros
estratégicos por todo o país.
Espera-se que, mais tarde, sejam
oferecidos maiores detalhes durante a visita do titular de Interior e de
seu colega de Defesa, Jean-Yves Le Drian, aos agentes e militares
mobilizados em áreas turísticas do centro de Paris.
Um responsável
policial citado pelo jornal “Le Figaro” destacou que “os dispositivos
de segurança levam em conta o risco de terrorismo, em particular os
novos modos de operação, como a utilização de um veículo ou um caminhão
como arma”.
Esta é uma referência aos métodos de atentados como o
ocorrido em Nice, no dia 14 de julho, e em Berlim, no último dia 19, e
para preveni-los foram instalados “elementos passivos” como veículos e
blocos de concreto – em alguns casos decorados, como em Estrasburgo –
nos possíveis acessos de áreas com forte afluência de pedestres.
Para
que as autoridades tenham uma visão ampla e possam detectar situações
anormais, haverá helicópteros que sobrevoarão as grandes aglomerações
previstas para o Ano Novo, começando pela avenida Champs-Elysées, em
Paris, e seus arredores, onde são esperadas aproximadamente 600 mil
pessoas para ver a queima de fogos.
O espetáculo pirotécnico no
ano passado foi cancelado de forma preventiva devido à grande comoção
que persistia no país, apenas um mês e meio depois da série de atentados
na capital francesa na noite de 13 de novembro.
No Réveillon de
2015, as autoridades organizaram um dispositivo “excepcional” com mais
de 100 mil efetivos de segurança em toda a França.
UOL
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