segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

"Ôpa, tô na boa!"

A PARTIR DE HOJE NÃO VOU SER MAIS OBRIGADO A PEGAR FILAS: SOU SEXY... SEXAGENÁRIO!

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O próprio viver é morrer, porque não temos um dia a mais na nossa vida que não tenhamos, nisso, um dia a menos nela".
- Fernando Pessoa -
Hoje, dia 04 de dezembro, eu me acordei sexy... sexagenário! Quero, portanto, levantar um brinde à vida, fortalecer-me de boas lembranças e escrever uma nova história. Quero tomar consciência do que sou hoje, sem me preocupar com o que se foi ou será, pois aos 60 anos muitas decisões não poderão esperar mais. É uma transição, é a passagem de uma fase de vida para outra, representa um passaporte para a velhice.
Neste domingo eu completo mais de meio século de vida. Fiz as minhas contas e descobri que terei menos tempo para viver daqui para frente do que já vivi até agora. Sei que estou envelhecendo, é verdade. Tenho, portanto, muito mais passado do que futuro. A velhice é um processo natural, indiscutível e inevitável para qualquer ser humano na evolução da vida. 
Foi tudo muito rápido. Tudo foi ontem. Agora já tenho um estatuto próprio: o Estatuto do Idoso. Sinto-me protegido, parece que um IBAMA paira sobre minha cabeça como se eu fosse uma espécie em extinção. Mas, o melhor da idade são os direitos que a vida me conferiu, independente de qualquer Estatuto.
Dizem que estou na terceira idade. Acho essa divisão meio estranha. Pois, para obter benefícios que não custam nada tenho privilégio, mas para outros como isenção parcial de imposto de renda e outras coisas grátis, vou ter de esperar mais um pouco. 
Agora que estou na "melhor idade", expressão que acho puro eufemismo, já posso furar filas e tomar vacina contra gripe. Contudo, quero envelhecer com dignidade e, sobretudo, com sabedoria, tornando-me menos crítico de mim mesmo e sendo meu melhor amigo.
Dizer que não vai mais entrar em filas, que vai ser dispensado de pagar bilhetes em alguns locais e que vai ter prioridades, não consola. Contudo, após ter sofrido um infarto (há quase um ano), chegar aos sessenta com saúde é motivo para agradecer ao bom Deus, principalmente pela nova oportunidade concedida, tendo em vista que ter perdido o meu saudoso pai aos 57 anos ainda me assusta. 
Vida que segue!



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