Dono e piloto do avião da Chapecoense queria voar com a seleção brasileira
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Piloto boliviano com jogadores da Chapecoense - Foto: Reprodução / Facebook
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O
piloto do avião da tragédia com a Chapecoense, Miguel Quiroga, tentava
fretar o voo da Lamia para que a seleção brasileira o utilizasse em
viagens pela América do Sul. O boliviano, que era sócio da
microcompanhia aérea, já tinha como clientes as seleções da Bolívia,
Argentina e Colômbia, além de times sul-americanos, como o Nacional da
Colômbia, o Olímpia, do Paraguai, e a própria Chapecoense, que já havia
usado os serviços da Lamia em outubro.
– Há dois meses, ele me
procurou pedindo para eu intermediar um contato com a CBF (Confederação
Brasileira de Futebol), porque ele tinha interesse em transportar mais
times, inclusive a Seleção Brasileira – disse Osvaldo Quiroga, primo do
piloto, em entrevista à “BBC Brasil”.
Segundo o parente, o piloto
foi procurado porque tinha contato com ex-jogadores da seleção, mas a
negociação não chegou a se concretizar.
– Infelizmente não deu tempo – disse o primo.
O
diretor-geral da companhia, Gustavo Vargas, confirmou que o foco da
empresa era em clubes de futebol e disse que o avião que levava a
Chapecoense para Medellín, na Colômbia, estava decorado com escudos e
flâmulas da Chapecoense. O mesmo acontecia quando outras equipes
utilizavam o avião.
– Para cada time que levávamos,
personalizávamos o avião. Colocávamos o escudo e símbolos para tornar a
viagem mais agradável – afirmou.
O dirigente negou que a LaMia tinha preços mais baixos para ganhar competitividade no mercado de voos fretados.
–
Nosso serviço é um pouco mais caro, mas é mais rápido”, diz Vargas. “Há
muitas razões (para os times voarem com a LaMia). A equipe pode ir e
voltar no mesmo dia, no horário que quiser. Podemos chegar a locais onde
não há voos regulares. Podemos fazer quantas escalas forem necessárias –
afirmou à “BBC Brasil”.
G1
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